A EDP Brasil (ENBR3) concluiu a negociação com o fundo de infraestrutura da Actis nesta terça-feira (31/10) à noite. Com isso, a holding brasileira do setor elétrico vendeu ativos de transmissão em São Paulo, Minas Gerais e Maranhão por R$ 2,7 bilhões, segundo a apuração do Valor Econômico.
O processo de negociação foi acirrado, segundo as fontes por dentro do assunto, com estratégicos em disputa pelos ativos de transmissão da EDP. A Actis entretanto foi a mais ágil e conseguiu fechar uma negociação exclusiva no início de outubro, disse uma das fontes.
A negociação entre EDP e Actis durou cerca de sete meses, fontes informaram sob a condição de anonimato, visto que o negócio ainda não é público.
Um dos informantes por dentro do assunto revelou que a EDP decidiu vender o ativo para rotação de seu portfólio e que as transações do setor de energia seguem ativas. Ou seja, existe um reflexo do apetite dos investidores na área, vista como defensiva e protegida da inflação atual.
Dos lados da transação, a EDP (ENBR3) contou com o Citi como o assessor financeiro e o escritório Madrona Filho como assessor jurídico. Do lado da Actis, o Bradesco BBI e o escritório Mattos Filho assumiram as funções, respectivamente.
Saída da EDP Brasil (ENBR3) da Bolsa de Valores
Em 21 de agosto deste ano, A EDP Brasil (ENBR3) informou que a CVM aprovou a conversão do registro de categoria da companhia para categoria “B”. Com isso, as ações de emissão da empresa deixam de ser negociadas na B3.
A empresa relembra, em fato relevante, que possui uma assembleia geral extraordinária (AGE) marcada para 30 de agosto na qual será definida a proposta de resgate compulsório das 22,8 milhões de ações da EDP que ainda estão em circulação no mercado.
Caso o resgate compulsório seja aprovado em AGE, a empresa informa que serão resgatadas até a totalidade das ações ordinárias da EDP remanescentes em circulação detidas por acionistas que se encontrarem inscritos nos registros no final do dia 29 de agosto deste ano.