EDP Brasil tem aval do Cade para compra de geração distribuída por meio de empresa

A EDP Grid, empresa da elétrica Energias do Brasil (ENBR3), do grupo português EDP, foi autorizado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição ativos de geração distribuída da Léros Geradora.

A operação da EDP foi aprovada sem restrições pelo órgão regulador da concorrência, segundo o despacho publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (22).

Segundo parecer do Cade, a transação engloba quatro sistemas de geração distribuída que ainda não operam na cidade de Taubaté, em São Paulo. Não foi informada a capacidade das instalações.

A aquisição dos ativos da Leros foi definida como “uma oportunidade para o Grupo EDP desenvolver novos projetos de geração fotovoltaica no Brasil, expandindo o seu parque de geração renovável e atraindo novos clientes”, segundo os documentos entregues ao Cade, sem citar os valores do negócio.

Miguel Setas, presidente da EDP Brasil, havia afirmado à agência de notícias “Reuters” em junho de 2019 que a companhia estava buscando oportunidades de compra no segmento de geração distribuída de energia, o qual tem apresentado forte crescimento no País.

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O Brasil registrou no ano passado a instalação de 1,3 gigawatts em novos sistemas com a tecnologia de geração distribuída solar, tornando a fonte o segundo maior crescimento no mercado local em 2019, ficando atrás das hidrelétricas, mas sendo superior a parques eólicos e de usinas solares de grande porte.

Atualmente, a potência instalada em geração distribuída solar no País é de 2 gigawatts, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

EDP antecipa operação em nova linha de transmissão

A EDP comunicou no início deste mês que solicitou ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) o termo de liberação do início de operação comercial de uma das partes da linha de transmissão e da subestação Chapadinha II da EDP Transmissão MA II, no Maranhão.

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Adquirida por meio de um leilão, a EDP Transmissão MA II possui 203 km de linha de transmissão divididos em 2 linhas de 230 kV (Coelho Neto e Miranda II), sem considerar a subestação.

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O investimento total do projeto é de R$ 182 milhões. Pouco mais de mil empregos diretos foram criados durante a construção.

Com base no calendário da Aneel, a entrada da EDP está antecipada em mais de um ano e meio. Em relação à premissa adotada pela companhia no leilão, o adiantamento é de 14 meses, representando uma Receita Anual Permitida Parcial (RAP) de R$ 17 milhões.

Jader Lazarini

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