Para quem busca uma fonte estável de renda passiva, os Fundos de Investimento em Infraestrutura, conhecidos como FI-Infra, se apresentam como uma alternativa. Diante de uma variedade de ativos que também geram renda mensal, como Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), Fundos de Investimento em Agropecuária (Fiagros) e títulos públicos, surge a questão: vale a pena alocar recursos em FI-Infra?
De acordo com especialistas do mercado financeiro, a resposta é afirmativa. Investir em FI-Infra, que alocam recursos em debêntures incentivadas, oferece diversas vantagens, incluindo a consistência dos rendimentos mensais isentos de impostos, bem como a exposição a um setor robusto da economia brasileira. Veja abaixo as vantagens:
- Rendimentos mensais e isentos de impostos
- Ganhos acima da inflação
- Setor perene que necessita de investimentos
- Diversificação de risco e carteira
FI-Infra pagam rendimentos mensais com duplo benefício fiscal
Para quem busca investir com foco em renda passiva, os FI-Infra são opções relevantes. Isso porque esses ativos possuem um duplo benefício fiscal, com isenção de impostos nos rendimentos e na venda das cotas com ganho de capital.
Os fundos imobiliários e Fiagro, que também são negociados em bolsa, possuem uma alíquota de 20% sobre o ganho de capital na venda das cotas. Neste aspecto, os fundos de infraestrutura estão “na frente” dos outros ativos que possuem perfil semelhante.
Ganhos acima da inflação com FI-Infra
Grande parte dos FI-Infra possuem ativos indexados ao IPCA. “Os FI-Infra oferecem uma renda estável protegida pela inflação, garantindo maior rentabilidade final do investimento”, explica Miguel Ferreira, fundador e CEO da Bocaina Capital, gestora do BODB11.
Isso significa que seus ganhos possuem um prêmio acima da inflação, ajudando o investidor a proteger seu patrimônio da alta dos preços.
Mesmo os fundos que possuem ativos indexados ao CDI também pagam rendimentos com ganhos acima da Selic.
Setor perene que demanda muitos investimentos de empresas privadas e governos
As vantagens de investir em fundos de infraestrutura incluem a possibilidade de participar de um setor que, normalmente, requer um grande investimento inicial, além de receber rendimentos atraentes a longo prazo.
Samuel Santos, gestor do fundo de participação em infraestrutura (FIP-IE) AZQI11, lembra que no Brasil existe um “gap enorme” de infraestrutura, com estradas mal pavimentadas, um gargalo portuário muito grande e déficit energético.
Neste contexto, os fundos de infraestrutura – como FI-Infra ou FIP-IE – financiam projetos de empresas do setor, remunerando o investidor com os juros da dívida cedida às empresas de infraestrutura.
Essa demanda por investimentos em infraestrutura aumenta o protagonismo desses fundos no mercado financeiro, atraindo investidores.
Controle de risco com diversificação de carteira
Além de investir em ativos com renda recorrente, isenção de imposto de renda em um setor essencial para o país, os FI-Infra podem contribuir com a diversificação de investimentos.
A diversificação é fundamental para gerenciar o risco em investimentos, e os FI-Infra permitem que os investidores acessem um setor com baixa correlação com os mercados financeiros tradicionais, reduzindo assim a volatilidade geral da carteira.
Vitor Duarte, gestor do FI-Infra SNID11, comenta que o FI-Infra é um fundo de renda fixa e, por isso, não pode tomar muitos riscos. “Os fundos de infraestrutura não podem comprar ações ou participações em empresas. Por isso, eles tendem a ter menor volatilidade quando comparado a outros ativos de renda variável”.
Portanto, para investidores que buscam uma maneira de equilibrar seus portfólios com ativos de baixo risco e alto potencial de crescimento, os FI-Infra são uma escolha atraente.
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