A Ecorodovias (ECOR3) apresentou números prévios do volume de tráfego em suas rodovias entre os dias 16 de março (início das medidas restritivas para ajudar a combater o coronavírus no Brasil) e 18 de junho. Neste intervalo, a companhia registrou uma queda de 20,3% no tráfego, contabilizando 71.439 veículos.
A maior queda ocorreu na Ecoponte e na Ecopistas, com tombos consideráveis de 42,3% e 42,4%, respectivamente. Na Ecovias, que é uma das principais concessões da empresa, a retração foi de 24,1%.
No acumulado de 2020, o recuo, em relação ao ano anterior, é de 6,4%. O total de veículos ficou em 148.936.
EcoRodovias e acordo com Ministério Público para encerrar processo
A Ecorodovias, através da Ecovias, sua subsidiária, fechou, em meados de abril, um acordo de persecução cível (ANPC) com o Ministério Público (MP) de São Paulo. A companhia propôs o acerto para encerrar um processo que foi aberto contra a empresa por conta de casos de corrupção.
O acordo da Ecorodovias ficou com um custo total de R$ 638 milhões, sendo R$ 450 milhões em obras, R$ 150 milhões em redução de pedágios e R$ 36 milhões em multas, que serão pagas em seis parcelas ao erário paulista, e R$ 2 milhões ao Fundo Estadual de Interesses Difuso (FID).
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Assim, a companhia reconheceu que houve pagamento de propinas, formação de cartel e repasses de caixa dois em 12 contratos rodoviários fechados com o Governo de São Paulo, entre os anos de 1998 e 2015.
As investigações foram iniciadas no ano de 2018, quando o MP instaurou um inquérito cível para levantar possíveis irregularidades envolvendo a empresa. A Ecovias, controlada da Ecorodovias, então, contatou os promotores para encontrar um acordo. Para ter validade, no entanto, o acordo ainda precisa ser homologado pelo conselho do MP e pela Justiça.