O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a intenção da equipe econômica é economizar “R$ 1 trilhão em dez anos” com a proposta da reforma da Previdência que será encaminhada ao Congresso.
De acordo com o ministro, em entrevista nesta terça-feira (5) após a visita do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), há também a simulação de uma economia de R$ 1 trilhão em 15 anos com a reforma da Previdência.
“Há simulações em que é R$ 1 trilhão em 15 anos. Isso é o que está sendo calibrado. O importante é que tenha potência fiscal [de economia de recursos] para resolver o problema”, declarou o ministro.
Conforme dados do governo, no último ano foi registrado um déficit previdenciário de R$ 290 bilhões.
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Proposta da reforma
De acordo com Guedes, a proposta em estudo pode mudar o regime trabalhista e previdenciário do país. Ele ainda afirma que o desafio é “salvar” a previdência antiga e impedir o “mecanismo perverso” onde a renda de pobres vai para os ricos.
“[Queremos] salvar as futuras gerações dessa armadilha, de um sistema que piora desigualdades e destrói empregos em massa”, afirmou.
Guedes ressalta a desigualdade do sistema previdenciário atual, afirmando que os pobres geralmente se apostam por idade (65 anos), com benefícios pequenos e um salário mínimo. Enquanto isso, os mais ricos se aposentam mais cedo ganhando mais.
Reforma nas mãos de Bolsonaro
Paulo Guedes afirmou que a proposta da reforma passará pelas mãos de Jair Bolsonaro e que ele vai decidir sobre o formato final do texto. No entanto, isso deve acontecer assim que o presidente deixar o hospital Albert Einstein em São Paulo.
“O presidente, voltando, vai olhar as propostas”, afirmou Guedes.
Além disso, o ministro afirmou que já existem outras propostas. “Já temos duas ou três versões alternativas simuladas”.
O ministro Paulo Guedes ainda declarou que é importante enviar uma proposta para a reforma da Previdência que seja aceita pelos parlamentares. Dessa forma, os parâmetros do texto ainda estão sendo alinhados.