BC: ‘Economia surpreendeu pela resiliência mostrada na retirada do auxílio’

Ao falar da previsão de crescimento de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (30) que a economia brasileira surpreendeu pela resiliência mostrada na retirada do auxílio emergencial no início de 2021.

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“Esperávamos retração mais forte em janeiro e fevereiro com fim de auxilio, mas os números de janeiro e fevereiro vieram fortes (…) Fomos surpreendidos com uma economia mais resiliente mesmo com a retirada parcial do auxílio emergencial”, comentou o mandatário do BC ao participar do Encontro Daycoval – Perspectivas Econômicas e de Investimentos para o Brasil 2021.

Em sua fala, Campos Neto citou a abertura, que considerou forte, de vagas de trabalho formal, confirmada nesta terça pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e frisou que o BC também foi surpreendido pelo crescimento de 3,2% do PIB no quarto trimestre de 2020.

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Vacinação

O presidente do Banco Central ainda projetou uma reabertura mais rápida da economia daqui dois ou três meses, quando, disse, o Brasil já terá vacinado grande parte dos grupos de risco.

“Em dois ou três meses teremos vacinado grande parte do grupo de risco, e a partir daí imaginamos que a gente começa a ter uma abertura mais rápida da economia”, comentou Campos Neto.

“Temos um cronograma de vacinação que dá para ver uma luz no fim do túnel”, acrescentou o presidente do BC.

Em sua apresentação, ele considerou que a eficiência de últimos lockdowns no Brasil foi baixa em termos de mobilidade.

BC vê 1º semestre um pouco pior que projeções de mercado, diz Campos Neto

Após mais um recorde de criação de vagas de trabalho com carteira assinada em fevereiro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que o mercado formal já tem se recuperado, mas levantou dúvidas sobre a velocidade de recuperação do mercado de trabalho informal.

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“Dá para afirmar que setor formal recuperou forte. Já sobre o setor informal, há divergências de entendimento dentro do Comitê de Política Monetária (Copom). Alguns diretores acreditam que o setor informal vai ganhar tração impulsionado pela recuperação do setor formal, mas eu estou entre aqueles que acham que o setor informal vai demorar um pouco mais a se recuperar”, disse Campos Neto.

O mandatário do BC mais uma vez argumentou que o Banco Central não estaria “super otimista” com a projeção de crescimento de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021.

“O BC inclusive vê o primeiro semestre um pouco pior que projeções de mercado”, repetiu, no evento virtual “Encontro Daycoval – Perspectivas Econômicas e de Investimentos para o Brasil 2021”.

O presidente do BC lembrou que os dados da produção industrial estão bem acima do nível da pandemia. Campos Neto elencou também os resultados da inadimplência do mercado de crédito, sem sinal de crescimento, e lembrou que as taxas de juros estão perto das mínimas em quase todos produtos de crédito.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Rafaela La Regina

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