Economia do Brasil deve deixar de figurar entre as 10 maiores do mundo em 2020

A economia do Brasil deve deixar de figurar entre as 10 maiores do mundo em 2020 devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus, segundo dados de um levantamento dos pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Marcel Balassiano e Claudio Considera, com base nas projeções feitas em outubro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

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A crise econômica provocada pela pandemia deve levar a maior parte do mundo a uma forte retração da atividade econômica este ano. Mas para a economia brasileira isso pode significar ser ultrapassada pela do Canadá, da Coreia do Sul e da Rússia na lista de maiores do mundo.

As projeções realizadas pelo em outubro pelo FMI indicam que, com a crise da covid-19 e seus impactos na economia mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) do País deve cair de US$ 1,8 trilhão, apurado no ano passado, para US$ 1,4 trilhão até o fim deste ano.

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Por aqui, os efeitos da covid-19 se somam ao desempenho do real, que foi uma das moedas que mais se desvalorizaram ante ao dólar em 2020. Do começo do ano até o fim do mês passado, o câmbio se desvalorizou 40% em relação ao patamar em que a moeda americana estava no fim de 2019.

Nos últimos anos, o Brasil passou da sétima maior economia do mundo, em 2014, para o o oitavo lugar em 2017 e para o nono, nos dois últimos anos.

Economia do Brasil sofre com aumento do risco

A mudança de posição, do nono para o 12.º lugar no ranking se deve especialmente pela variação cambial, que por sua vez tem é um reflexo do aumento do risco Brasil, sobretudo por conta dos problemas fiscais que o País enfrenta, explicou Balassiano.

“Isso deve acontecer, quando se considera o dólar corrente, muito mais pela forte desvalorização do real frente ao dólar do que pela queda da atividade econômica. Tanto que pela via do dólar por poder de compra, a mudança não é tão brusca”, destacou.

Balassiano salientou que o FMI estima uma queda de 5,8% no PIB brasileiro em 2020, o que poderia ser ainda maior se medidas de estímulo, como o auxílio emergencial dado aos brasileiros mais vulneráveis, não tivessem sido adotadas. “A queda do ranking das maiores economias, portanto, reflete os riscos locais do Brasil.”

Quando se considera o dólar em paridade por poder de compra (PPC), a economia brasileira ocupava a sétima posição no começo da década e assim permaneceu, até 2016, até chegar ao décimo lugar em 2019. Pelas projeções do FMI, o País voltaria para a oitava posição este ano.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Arthur Guimarães

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