A economia brasileira registrou uma retração de 0,1% no primeiro trimestre, em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta sexta-feira (17).
De acordo com a FGV, entre fevereiro e março deste ano a economia brasileira registrou uma queda de 0,4%. O indicador se junta a outros que apontam uma previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses deste ano.
Baixa na previsão do PIB
Na última quarta-feira (15), o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central, estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) vai ter uma retração de 0,68% no primeiro trimestre de 2019, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Saiba mais: IBC-Br: prévia do PIB indica retração de 0,68% no 1º trimestre de 2019
Dessa forma, se o período comparativo for com os primeiros três meses do ano anterior, o índice aponta um crescimento de 0,23%. No mesmo sentido, nos últimos doze meses também houve um aumento de 1,05%, de acordo com o IBC-Br.
A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal também diminuiu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,3% para 1,8% neste ano.
Saiba mais: PIB: além de Itaú e Guedes, IFI também reduz projeção de crescimento
Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na última terça-feira (14) que a economia está no ‘fundo do poço’ e que o PIB deverá ficar em 1,5% neste ano. A estimativa do ministro aponta um recuo em relação ao que previa o governo de Michel Temer.
De acordo com Guedes, o crescimento que “era de 2% quando eles [governo Temer] fizeram as primeiras simulações, já caiu para 1,5%. Quando cai para 1,5%, as receitas são menores ainda, e aí já começam os planejamentos de contingenciamentos de verbas. Já começam as trajetórias de despesas a serem apertadas”.
Os dados oficiais sobre o desempenho do PIB serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) no próximo dia 30. Caso seja confirmada as estimativas de queda, será o primeiro recuo da economia brasileira desde 2016.
