“Economia brasileira pode crescer 2% ou mais em 2020”, diz Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a economia do Brasil deve crescer 2% ou mais a partir de 2020. A declaração ocorreu na última sexta-feira (27) durante uma entrevista para a TV Record.
“Vamos recuperar a dinâmica de crescimento. Nós achamos que, no ano que vem, o ritmo de crescimento pode dobrar. Ano que vem, vamos crescer acima de 2%”, disse Paulo Guedes.
A expectativa, segundo o ministro, é que a economia nos próximos anos avance bem mais do que em 2019. Para este ano, o governo federal prevê um crescimento econômico de 0,8%.
A alta carga tributária e os encargos trabalhistas foram apontados por Guedes como fatores que contribuíram para a desaceleração econômica neste ano. Para o ministro, esses pontos impediram a geração de empregos.
Medidas apontadas por Paulo Guedes para acelerar a economia
Para contribuir com o avanço econômico, Guedes ressaltou que não elevará os impostos, principalmente do setor trabalhista. Segundo ele, uma das medidas que o governo fará é a geração de novos empregos por meio da desoneração da folha de pagamentos.
“Os encargos trabalhistas são os mais cruéis que o Brasil tem. Esses encargos trabalhistas são perversos, criaram desemprego em massa no Brasil. Estamos estudando alternativas”, disse o ministro.
A necessidade de controlar o aumento dos gastos públicas também foi um dos pontos mencionados pelo ministro para que a economia possa avançar. “Com a coordenação das políticas fiscal e monetária, estamos atacando a explosão dos gastos públicos”, afirmou Guedes.
Previsão para o PIB do Boletim Focus
Os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (23), mantiveram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2% para 2020.
Saiba mais: Boletim Focus mantém previsão de crescimento do PIB em 0,87%
Para este ano, o Boletim informou que a economia deve avançar 0,87%. Para 2021 e 2022, as previsões de crescimento econômico permaneceram em 2,50%.
A previsão converge com o discurso de Paulo Guedes, pois demonstra uma certa redução na confiança da retomada econômica brasileira no próximo ano.