E-commerce impulsiona papelão; XP reitera compra de Klabin (KLBN11) e Irani

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (17), a XP Investimentos destacou que o setor de papel e celulose vem apresentando um forte desempenho nos últimos meses, amparado pelo avanço do comércio eletrônico que cresceu ainda mais com a pandemia de covid-19. Para a equipe de analistas da casa, a Klabin (KLBN11) e a Irani (RANI3) devem continuar a se beneficiar.

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No relatório, os analistas Yuri Pereira e Thales Carmo destacaram os dados preliminares divulgados pela Empapel (antiga ABPO), sobre expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado. Segundo os números, a expedição foi de 326.256 toneladas em janeiro deste ano, um volume superior em 4,9% em relação ao mesmo mês em 2020 e 2,3% acima do volume expedido em dezembro. Este é o maior volume expedido entre os meses de janeiro desde 2005.

Além disso, a produção por dia útil foi de 13.050 toneladas, um aumento de 9,1%, sendo a maior expedição diária entre os meses de janeiro.

As ações da Klabin fecharam o pregão de hoje em alta de 1,32%, a R$ 28,48; enquanto os papéis da Irani caíram 0,65%, a R$ 6,12. O Ibovespa fechou o pregão em alta de 0,78%, a 120.355,79 pontos.

Câmbio amarga prejuízo da Klabin em 2020

A Klabin reportou há uma semana seus resultados do quarto trimestre de 2020. Já a Irani deve apresentar seus números dos últimos três meses do ano passado no final deste mês.

A Klabin apresentou um lucro líquido de R$ 1,327 bilhão no quarto trimestre de 2020, revertendo o prejuízo de R$ 191 milhões registrados no terceiro trimestre e crescendo 110% na comparação com o mesmo período de 2019. No consolidado do ano, entretanto, a empresa registrou um prejuízo de R$ 2,487 bilhões, revertendo o lucro de 2019, que somou R$ 714 milhões.

De acordo com a companhia, a métrica foi impactada negativamente pela intensa desvalorização do real frente ao dólar no ano, principalmente no primeiro semestre, uma vez que a dívida da empresa está, em sua maioria, emitida na moeda americana.

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A empresa registrou um endividamento bruto de R$ 26,3 bilhões, sendo 79% em moeda estrangeira e 21% em reais. Além da variação do câmbio, a Klabin ressaltou também que seu desempenho no ano foi afetado pela pandemia da covid-19 e pela queda no preço da celulose.

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Arthur Guimarães

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