O e-commerce brasileiro registrou faturamento recorde em 2021, de R$ 161 bilhões, equivalente a um crescimento de 26,9% comparado ao ano anterior. Os dados são da Neotrust, empresa do T.group responsável pelo monitoramento de mais de 85% do e-commerce brasileiro.
O levantamento da Neotrust também mostra que o número de pedidos de compra online aumentou em 16,9% com 353 milhões de entregas. O ticket médio também registrou alta, de 8,6% em 2021 comparado com 2020, atingindo a média de R$ 455 por compra.
As categorias com mais pedidos realizados durante o ano são: moda, beleza, perfumaria e saúde, com destaque para este último, com crescimento de 87% no faturamento de vendas de remédios pela internet em 2021. Celulares, eletrodomésticos e eletroeletrônicos foram os segmentos com maior receita de vendas online em 2021.
A região Sudeste continua concentrando o maior volume de pedidos, com 62,3% das encomendas de 2021. Mas o Nordeste teve avanços significativos, de 3,5 p.p., para 15,1% dos pedidos do ano.
Ainda de acordo com o levantamento da Neotrust, o cartão de crédito continua sendo o modo de pagamento preferido dos brasileiros no e-commerce. O ranking de 2021 ficou assim:
- 69,7% cartão de crédito,
- 16,9% boleto bancário,
- 11,1% outras formas de pagamento (como wallet e cashback), e
- 2,3% via PIX.
Embora ainda sejam pouco expressivos, os pedidos pagos com PIX aumentaram em 2021: em janeiro representavam 1% entre todos os meios de pagamento e em dezembro atingiram 4%.
Projeção para o e-commerce em 2022
Segundo projeção da Neotrust para 2022, a receita do e-commerce deve crescer cerca de 9%, atingindo um faturamento recorde de R$ 174 bilhões neste ano. Apesar de ser uma alta positiva, a inflação, o dólar elevado e a projeção pessimista do PIB brasileiro são fatores que podem impactar negativamente o crescimento do varejo online.
A expectativa é que os pedidos pela internet aumentem em 8%, totalizando 379 milhões de compras. Já o ticket médio deve se manter estável, com aumento de cerca de 1%, estimado em R$ 460 por pessoa.
A categoria que mais deve crescer é a de eletrônicos, em 21%, seguida de eletroportáteis, em 19%, de alimentos e bebidas, que deve subir 18%. Em termos de faturamento, o maior deve ser telefonia (R$ 32,4 bi), seguido por eletrodomésticos (R$ 23,7 bi) e eletrônicos (R$ 18,6 bi).
“Para 2022 é esperado que haja uma expansão no marketplace, com as empresas mais preparadas para este canal. Outra tendência é a melhoria na interação do físico com o digital, que irá permitir mais eficiência nas compras e na relação do consumidor com a loja”, analisa Fabrício Dantas, CEO da Neotrust.
“Com um mercado cada vez mais competitivo, o e-commerce deve apostar em fretes mais rápidos e funcionais, por exemplo, como forma de atrair e reter clientes”, finaliza Dantas.
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