Dynamo reabre para captação, em clima de ‘Bolsa barata’ e mirando R$ 1,1 bilhão
A gestora Dynamo, enxergando uma “Bolsa barata”, reabriu para captação de capital de novos cotistas apesar das projeções de um ano turbulento no cenário de juros e eleições.
A Dynamo é uma casa de analises e gestão de fundos de ações de renda variável. Seu fundo de ações próprio, chamado Dynamo Cougar FIA, rendeu, desde a sua criação (1993) até hoje, 35,8 mil vezes, comparado ao rendimento de 1,0 mil vezes do Ibovespa. O retorno anualizado é de 44,67% contra 27,70% do índice Bovespa.
Segundo o comunicado da Dynamo, o seu flagship fund, o Cougar, deve ficar aberto até que seja aportado R$ 1,1 bilhão nos próximos dias. O investimento mínimo será de R$ 300 mil para novos cotistas e R$ 30 mil para cotistas atuais.
Os cotistas atuais terão prioridade e serão atendidos, por ordem de chegada a partir de segunda (31). O limite total é de R$ 450 milhões por aporte.
Já os novos cotistas serão atendidos a partir do dia 2 de fevereiro, com R$ 650 milhões de limite. O limite será de R$ 7 milhões de aporte para os cotistas do dia 31, ante R$ 30 milhões para os demais investidores.
Figurando como uma das maiores gestoras de renda variável do País, a Dynamo administra um capital total de R$ 17 bilhões no Cougar e em fundos exclusivos que seguem a mesma estratégia.
Esta reabertura trata-se da segunda vez em uma década que os gestores abrem para novos aportes.
Em março de 2020, quando o surgimento da covid-19 colocou as bolsas mundiais em liquidação, a gestora abriu para captar cerca de R$ 1 bilhão. O fundo estava fechado desde 2011.
A ideia é que o fundo fique aberto até o dia 16 de fevereiro ou até que se chegue à marca de R$ 1,1 bilhão.
Dynamo aumentou aportes
Na última terça-feira (18), a Cyrela (CYRE3) anunciou que a Dynamo aumentou sua participação acionária na companhia. Segundo o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Dynamo aumentou sua posição no total de ações ordinárias da Cyrela para mais de 10%. A empresa detinha 8,04%, equivalente a 32,1 milhões de ações.
No fim de novembro, a Dynamo aumentou a sua participação para 5,14% no capital da Natura (NTCO3) ao passo que a BlackRock reduziu a sua participação de 5,01% para 4,91%, conforme comunicados enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta (20).
As mudanças das gestoras ocorrem em meio a uma série de quedas nas ações da Natura, chegando à mínima de 2021 aos R$ 29,82 de cotação no fim do pregão de quarta-feira (19). Esse movimento consiste em uma desvalorização de 42% em 2021, considerando a cotação do dia.
Nos dois comunicados sobre o movimento das gestoras, a Natura reportou que a entrada no capital social da empresa por parte de da Dynamo não possui objetivo de “alterar sua composição de controle ou estrutura administrativa, e não visa atingir nenhum percentual de participação acionária em particular”.