A mudança da hábitos trazida pela pandemia beneficiou o resultado da Duratex (DTEX3) no terceiro trimestre. O lucro líquido da companhia foi de R$ 123,9 milhões, alta de 347,2% ante o resultado de R$ 27,7 milhões obtido um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, amortização, depreciação e impostos) cresceu 58,5% para R$ 391 milhões, melhor da história da empresa, ajudado por melhores volumes de vendas em todas as divisões da companhia.
De acordo com a Duratex, a melhora se explica pela recente mudança no dia a dia dos brasileiros. “A forma com que as pessoas se relacionam com as suas casas mudou, impulsionando o setor da construção civil“, afirmou a diretoria no resultado trimestral. A empresa citou ainda novos hábitos de consumo e a redução da taxa de juros como fatores que impulsionaram seus resultados.
As vendas de painéis de madeira cresceram 38,5% no trimestre, enquanto os volumes da divisão Deca cresceram 25,3% na comparação anual. O segmento de revestimentos cerâmicos teve alta de 46,7% nos volumes.
A receita líquida consolidada da Duratex avançou 35,9% para R$ 1,77 bilhão. A receita líquida obtida no mercado externo cresceu 59,4% e somou R$ 329 milhões, ajudada pela desvalorização cambial e pelo aumento dos volumes exportados. Assim, a participação do mercado externo na receita total representou 18,5%.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 32,9 milhões, o que representa uma melhora de 41,9% na comparação anual. Isso porque no terceiro trimestre do ano passado a empresa comprou a Cecrisa e consolidou as dívidas desta empresa no balanço.
A dívida líquida da Duratex foi de R$ 1,885 bilhão no final do terceiro trimestre, R$ 294,7 milhões abaixo do apresentado no segundo trimestre de 2020. O índice de alavancagem (dívida sobre Ebitda) ficou em 1,79 vez, menor patamar dos últimos 5 anos. O custo médio de financiamentos encerrou o período a 159,4% do CDI (3,0% a.a.) e o prazo médio de vencimento é de 3,3 anos, em linha com o apresentado no trimestre anterior.
Editora do Suno Notícias desde outubro de 2020, é jornalista formada pela PUC-SP, com pós-graduação em jornalismo literário. Atua no mercado financeiro desde 2003, quando iniciou a carreira no jornal econômico DCI, cobrindo o setor de alimentos no caderno de Indústria. Foi trainee do jornal Valor Econômico, onde atuou no Caderno de Empresas por quase três anos. Lá, cobriu o setor de indústria, com foco em siderurgia, embalagens e aeroespacial. Fez coberturas setoriais em viagens para São José dos Campos e Franca (SP), além de coberturas internacionais na Alemanha e na Suécia. Trabalhou por cinco anos na Agência Estado/Broadcast, do Grupo Estado, onde foi repórter dos setores de mineração e siderurgia, alimentos e bebidas e finanças. Foi premiada como o prêmio Destaque de Reportagem da AE em 2007 e 2008. Além de atuar no serviço de notícias em tempo real, fez participações no caderno de Economia do jornal Estado de S.Paulo e na Rádio Eldorado. Ainda no Grupo Estado, foi editora assistente da editoria Empresas e Setores, atuando com edição e pauta, além de cobrir mercados diariamente com o cenário de bolsa e fazer reportagens especiais com foco em governança corporativa. Trabalhou também como correspondente de finanças no serviço da Thomson Reuters em português por quase um ano. Atuou por cerca de oito anos como jornalista independente, contribuindo para veículos como UOL Economia, Infomoney e Revista Você SA, além de ter trabalhado em projetos na área de conteúdo e comunicação de instituições financeiras como Anbima, Banco BS2, Banco Pine, Itaú BBA e EQI.