Duratex (DTEX3): após palestra de CEO, Goldman Sachs aumenta preço-alvo

Os analistas do Goldman Sachs Thiago Ojea, Lucas Canteras e Alex Nguyen, aumentaram o preço-alvo da Duratex (DTEX3) em 5%, para R$ 23, após assistirem nessa terça-feira (19) uma palestra de Marcelo Izzo, diretor da unidade da Deca e Cerâmica. A recomendação para o papel foi mantida em neutra.

 

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A melhora no preço-alvo da Duratex, para o Goldman Sachs, se deu por conta da uma perspectiva positiva de gestão para 2021, impulsionada por um setor de construção reabastecendo seus estoques e cadeias após um bom desempenho em 2020.

Em 2020, de acordo com o relatório, o home office, o coronavoucher e as taxas mais baixas de juros formaram uma “onda” perfeita, em que a Duratex surfou. Em determinados momentos, a companhia de materiais de construção não conseguiu suprir toda a demanda, principalmente pela falta de embalagens e de componentes importados da China.

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Em 2021, apesar do fim do auxílio emergencial, a administração da Duratex vê uma continuidade no nível de vendas. No primeiro momento, ele será mantido pelo reabastecimento dos estoques e pela procura represada em 2020. Para os analistas do Goldman Sachs, o volume de vendas deve crescer entre 12% e 15% no ano.

2020, entretanto, deve ser mais difícil no âmbito de crescimento. Por isso, a Duratex afirmou que vem se esforçando para melhorar seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), reduzindo custos, adotando novos modelos e capturando sinergias para integrar seus negócios.

Duratex atenta para o impacto do aumento dos preços

A Duratex avalia o aumento de preços tendo como base a inflação, que inclusive impactou em seus custos de produção, e os menores estoques. A companhia todavia estuda, através de um grupo focado no assunto, como o encarecimento dos seus produtos atingirá os consumidores. A tentativa de racionalizar o aumento dos preços é vista com bons olhos pelo Goldman Sachs, que afirma que o processo deve melhorar as decisões da empresa  no assunto. A previsão, para o banco, é uma alta de 5%. Os custos devem avançar 4%.

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O Goldman Sachs vê ainda como positivo as possíveis sinergias resultantes da integração da Deca e da Ceramics. A administração da Duratex, porém, afirma ser cedo para cálculos do tipo. O esforço para o processo de digitalização do negócio, através de um market place, também é um ponto que gera otimismo para os analistas.

O banco vê a Duratex com um Ebitda forte para 2020, próximo a R$ 502 milhões no quarto trimestre. Em 2021, a projeção é de um avanço de cerca de 4% na base anual. Por conta dessas perspectivas que se deu a alteração do preço-alvo. A manutenção da recomendação em neutra, segundo os analistas, é baseada na relação entre o valor de mercado e o Ebitda em 2021, que deve ficar em 9,5 vezes.

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Vitor Azevedo

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