A DSHUPP é uma suposta pirâmide financeira que se diz operar no mercado de criptomoedas por meio de day trade e oferece rendimentos irreais de 40% ao dia.
A empresa é comandada por Diego da Silva Santos e promete dobrar o capital do cliente em questão de cinco dias corridos, se baseando em uma “técnica de análise de sinais privados que movimentam grandes volumes de criptomoedas ao redor do mundo”, informa a suposta pirâmide em sua apresentação.
Dessa forma, a dita companhia defende que conseguiu unificar e simplificar “uma tendência mundial”, permitindo o investimento ativo em operações com alta rentabilidade e baixo risco, contrariando a máximo do mercado de que: quanto maior o retorno esperado, maior o risco.
Em sua apresentação, a DSHUPP ainda informa que realiza os aportes por meio de “day trady [sic]”, transações que acontecem “en [sic] questão de minutos ou horas”.
A suposta pirâmide financeira ainda permite saques e ativações através dos bancos digitais Nubank e BankOn, 24 horas por dia, com uma taxa de 10% sobre o valor, mínimo de R$ 20,00.
Suposta pirâmide remunera indicações
Além disso, a DSHUPP possui um programa de incentivo à indicação de “amigos” para entrar no negócio. Segundo a empresa se você recomendar uma pessoa para realizar aportes com a suposta pirâmide, terá direito a 10% dos rendimentos da pessoa indicada. Essa é a chamada indicação direta.
A DSHUPP, não contente, ainda promete uma porcentagem no caso do indivíduo que havia indicado fazer a indicação de mais pessoas. Nesse caso, a indicação indireta, você ganharia um percentual de 5% dos rendimentos desses terceiros.
Sem site, sede ou autorização
A empresa não possui sede legal registrada para operação, tampouco um site oficial para mais informações ou um canal para contato direto com os clientes. A DSHUPP também não possui uma autorização junto ao órgão regulador do mercado de capitais brasileiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), necessária para esse tipo de atividade.
Para evitar cair em golpes de pirâmide financeira, a SUNO Research recomenda cautela. Os negócios de pirâmide nunca apresentam um negócio claro com oportunidades palpáveis, nas quais o cliente pode se basear.
Segundo o fundador da Suno Research, Tiago Reis, geralmente os líderes das pirâmides usam um argumento em volta da ganância, então sempre tem imagens de ostentação como: carros de luxo, maços de dinheiro, casas luxuosas. Também tem, geralmente, benefícios para quem traz novos clientes. Isso é comum e acontece para que a pirâmide não acabe”.