Após subir mais de 10%, Dotz (DOTZ3) fecha no zero a zero em estreia na B3
A Dotz (DOTZ3) enfrentou uma sessão volátil nesta segunda-feira (31), dia de estreia da empresa de programas de fidelidade na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Depois de subir mais de 10%, a ação da companhia encerrou em estabilidade, a R$ 13,20, mesmo patamar de precificação da oferta pública inicial (IPO).
A Dotz definiu o preço por papel na semana passada, depois de reviver a abertura de capital por meio de uma oferta restrita. A operação foi 100% primária e consistiu na distribuição de 29,60 milhões de ações. O IPO saiu no piso da piso da faixa indicativa — a qual ia até R$ 16,60 — e movimentou movimentou cerca de R$ 390,7 milhões.
Os recursos líquidos do IPO da Dotz serão destinados a investimentos na plataforma tecnológica e digital; expansão da participação da companhia nos negócios de fidelização, marketplace e techfin; potenciais aquisições estratégicas; e pagamentos relacionados à operação de mezanino existente.
A oferta foi ancorada por players como SoftBank, a gestora Velt e os fundos Fourth Sail e San Siro.
A Dotz foi listada no Novo Mercado, nível de alta governança corporativa da B3. A operação foi coordenada por BTG Pactual, Itaú BBA, Credit Suisse e UBS BB. A companhia chega à Bolsa valendo R$ 1,75 bilhão.
Perfil corporativo da Dotz
A Dotz é uma empresa de programas de fidelidade brasileira e a criadora da “moeda digital” homônima, com três frentes de negócios, oferecidas por meio de uma plataforma proprietária:
- fidelização, no modelo de coalizão (Loyalty);
- comércio eletrônico (e-commerce), operacionalizado em uma plataforma de oferta de produtos e serviços de diversos parceiros (Marketplace);
- disponibilização de soluções de tecnologia a instituições financeiras parceiras, as quais oferecem diferentes meios de pagamento e opções de crédito aos usuários da plataforma Dotz (TechFin).
No final de 2020, possuía mais de 9 milhões de clientes ativos em sua plataforma de pontos e 1,9 milhão em sua marketplace.
A Dotz viu a receita líquida cair 12,7% no ano passado em comparação com 2019, para R$ 111 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) da empresa no ano passado foi negativo em R$ 7,34 milhões.