Ex-donos do Banco Cruzeiro do Sul são multados pela CVM
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou, nesta terça-feira (17), uma série de multas no montante total de R$ 1,8 milhão contra ex-donos do Banco Cruzeiro do Sul. As penalidades derivaram do julgamento que analisou manipulação de preços em operações com ações preferenciais da instituição financeira.
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Quatro dos oito acusados foram multados no caso, o que inclui os ex-donos do Banco Cruzeiro do Sul, Luis Octavio e Luiz Felippe Indio da Costa, recebendo as maiores penalidades (R$ 500 mil cada um).
Os ex-donos do banco já haviam sido inabilitados pelo regulador em outro julgamento, em junho de 2019. A CVM proibiu os dois na atuação como administradores ou conselheiros em companhias abertas de 10 anos.
CVM também multou Paulo de Mingo e André Rotta
Além disso, a CVM também multou nesta terça Paulo de Mingo e André Rotta em R$ 400 mil cada. As penalidades são de acusações de infrações que foram realizadas entre 29 de setembro e 14 de outubro de 2010. A decisão, que foi unânime, acompanhou o voto do relator Carlos Rebello. Outros acusados no caso, Afonso Burlamaqui, Armando Burlamaqui, Guilherme Fernandes e Álvaro Otero, foram absolvidos.
Em maio de 2012, o Cruzeiro do Sul sofreu intervenção do Banco Central(BC)o que seguiu uma liquidação extrajudicial após alguns meses. Depois da investigação da Polícia Federal. O Ministério Publico Federal denunciou os controladores, administradores e pessoas ligadas a eles, também incluindo manipulação de mercado.
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Em 2014, a CVM colocou o assunto como objeto de inquérito administrativo, analisando os fatos que ocorreram entre setembro de 2010 a abril de 2012.
A acusação principal foi de que um grupo formado por André Rotta, Afonso Burlamaqui e Paulo de Mingo, teria mantido os preços de ações preferenciais do Banco Cruzeiro do Sul artificialmente elevados. O objetivo era aumentar a liquidez da ação e maximizar a remuneração que seria recebida pelo Cruzeiro do Sul em um contrato de swap com o então Banco Pactual.