A presidente da Câmara dos deputados dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, nomeou sete gerentes de impeachment que irão apresentar o caso da remoção do presidente norte-americano, Donald Trump, do julgamento do Senado.
O papel dos gerentes será de defender a destituição de Trump do cargo no julgamento de impeachment, que começará na próxima terça (21).
Para representar os democratas da Câmara, Pelosi nomeou os deputados Hakeem Jeffries, Val Demings, Sylvia Garcia e Jason Crow. O presidente da Comissão de Justiça, Jerrold Nadler e o presidente da Comissão de Inteligência, Adam Schiff, também foram nomeados por Pelosi.
A Câmara, que é liderada pelos democratas, aprovará ainda nesta quarta uma proposta para transmitir os artigos de impeachment ao Senado.
Donald Trump irá escolher uma equipe para defendê-lo, o advogado da Casa Branca, Pat Cipollone, liderará a equipe. Além disso, o advogado pessoal do presidente, Jay Sekulow, também participará.
Denúncias contra Donald Trump
Em dezembro, foram aprovadas duas denúncias contra o presidente Trump. A primeira diz respeito aos esforços do presidente para pressionar a Ucrânia a iniciar investigações que poderiam beneficiá-lo politicamente nas eleições deste ano, o que constituíram abuso de poder. Na segunda denúncia foi alegado que os esforços da Casa Branca para bloquear testemunhos-chave foram obstrução do Congresso.
Saiba mais: Impeachment de Trump será enviado ao Senado na próxima semana
Pelosi adiou o envio das denúncias ao Senado, dando o argumento de que gostaria conhecer o processo que o republicano Mitch McConnell, líder da maioria no Senado, implementaria para o julgamento. Os democratas fizeram pressão por um acordo para a inclusão de novas testemunhas e documentos, contudo, McConnell rejeitou.
A líder da Câmara, então, resistiu aos pedidos de um número elado de democratas para enviar as denúncias ao Senado. Os membros do partido argumentavam que tinham poucos benefícios com mais atrasos.
Trump segue no poder
Vale destacar, entretanto, que Trump segue no poder enquanto o resultado do julgamento no Senado não é decidido. O norte-americano é o terceiro presidente da história do país a sofrer um impeachment
Enquanto deputados dos partidos Democrata e Republicano dos Estados Unidos discursavam na sessão sobre o impeachment, o presidente norte-americano estava em um comício em Michigan. “Não parece que estamos sofrendo impeachment”, afirmou Trump em seu discurso.
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“O país está indo melhor do que nunca. Não fizemos nada de errado. Temos um tremendo apoio no Partido Republicano, como nunca tivemos antes”, acrescentou.
Donald Trump será afastado caso o Senado de seu país vote, em mais de dois terços, para que o mandatário deixe o cargo. A casa, porém, possui maioria republicana. Dos 53 senadores do partido, 20 teriam que votar contra ele, o que é improvável.
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