A dona da Google, Alphabet informou nessa quinta-feira (14), que deixou de lado seus planos de criar a “cidade do futuro”, em um distrito de Toronto, Ontário, no Canadá, pois “tornou-se muito difícil fazer do projeto de cinco hectares algo financeiramente viável, sem sacrificar partes centrais do plano”.
De acordo com o executivo-chefe da Sidewalk Labs, organização de inovação urbana da dona da Google, a companhia visava criar uma comunidade “verdadeiramente inclusiva e sustentável” que contaria com sensores e seria orientada por dados.
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Os pedestres que estivessem andando pela cidade não precisariam se preocupar com fenômenos da natureza, como por exemplo chuva, neve, ou temperaturas muito elevadas, pois seriam protegidos por toldos autotomizados.
A cidade contaria com robôs que seriam responsáveis por entregar encomendas e recolher o lixo. Essa tecnologia, assim como sinais de trânsito, seria otimizada por sensores, que também rastreariam cada movimento dos moradores.
Decisões seriam tomadas por algorítimos da Google
A “cidade do futuro” foi considerada por muitos, no ramo da tecnologia, como uma cidade de vigilância distópica. Muitos ativistas acreditavam que as decisões importantes em relação a cidade não seriam tomadas pelos cidadãos ou pelos políticos, e sim por algorítimos da Google.
O projeto sofreu duras críticas, e alguns opositores do plano chegaram a alegar que a desistência veio antes que a agência governamental responsável pelo projeto, a Waterfront Toronto, tomasse sua decisão final em junho.
Entretanto a agência governamental se mostrou despontada com a desistência, mas alegou que “hoje há incerteza financeira global, mas a Waterfront Toronto confia no futuro econômico da cidade, e terá uma visão de longo alcance ao tomar decisões imobiliárias e de desenvolvimento na orla de Toronto”.
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Já o prefeito de Toronto, John Tory declarou que “a economia de Toronto voltará forte depois da Covid-19 e continuaremos a ser um ímã para pessoas inteligentes e empresas inteligentes”.
Além disso, o ex-co-executivo-chefe da BlackBerry, Jim Balsillie, salientou que “esse é um grande retrocesso para o capitalismo de vigilância e uma vitória para fazer a tecnologia servir à sociedade em vez de capturá-la. O Google aprendeu que os canadenses não podem ser facilmente intimidados”.
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