Segundo o Relatório de Inflação, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (25), a volatilidade do dólar está num patamar maior do que o seu nível histórico. No documento é notório que a volatilidade teve um aumento significativo a partir de março de 2020, início da pandemia no Brasil.
O aumento na taxa de dólar contribuí para maior incerteza macroeconômica, prejudicando a formação de expectativas dos agentes econômicos em relação ao futuro da economia e a condução de políticas públicas.
Conforme apontou o relatório, um câmbio volátil desincentiva investimentos externos e prejudica importadores e exportadores ao dificultar o planejamento dos agentes econômicos
“A volatilidade permanece bastante elevada ate meados de 2020 e depois cai, mas não retorna aos valores pré-pandemia”, informou o relatório.
De acordo com o Relatório da Inflação, há vários motivos que podem justificar os movimentos da volatilidade, desde fatores sistêmicos, como a própria pandemia, até fatores domésticos, como a situação fiscal brasileira.
Dólar para 2021 permanece em R$ 5,30, projeta Boletim Focus
O último Boletim Focus divulgado na segunda-feira (22), pelo BC, mostrou manutenção no cenário para o dólar em 2021. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do período seguiu em R$ 5,30, ante R$ 5,05 de um mês atrás.
Para 2022, a projeção para o dólar passou de R$ 5,20 para R$ 5,25, ante R$ 5,00 de quatro pesquisas atrás. A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano.
A mudança foi anunciada em janeiro pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Última cotação
Na sessão da manhã desta quinta-feira (25), o dólar tinha alta de 0,58%, negociado a R$ 5,65.