O dólar opera com volatilidade e entre margens estreitas nesta terça-feira (26). Os ajustes precificam a desvalorização predominante no exterior e o impacto da aceleração da inflação no Brasil.
Às 10h40, o dólar à vista subia 0,35%, a R$ 5,57, após mínima a R$ 5,54 e máxima, a R$ 5,56. O dólar para novembro tinha viés de alta de 0,12%, a R$ 5,5685.
A alta de 1,20% do IPCA-15 de outubro ficou acima da mediana esperada pelos economistas do mercado (1,00%) e no maior patamar desde fevereiro de 2016 (1,42%). No ano, a prévia da inflação acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, a soma de registros do IPCA-15 chega a 10,34%.
A maior pressão de aumento nos preços veio do setor de Transportes, que variou +2,06% em outubro e teve um impacto de 0,43 p.p. no indicador de inflação. Além de Transportes, pesou no indicador o setor de Habitação, que variou 1,87% e teve um impacto de 0,30 p.p.
O resultado mensal ficou ainda dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo jornal O Estado de S.Paulo, que esperavam uma alta de 0,83% a 1,25%. No mercado de juros, alguns vencimentos entraram em leilão mais de uma vez após bater máximas, como o janeiro de 2023, que abriu 60 pontos-base.
A aceleração da prévia da inflação oficial do País amplia a cautela em ambiente de incerteza fiscal, e também as expectativas de que o Banco Central pode ser mais agressivo na decisão de juros amanhã. Os investidores já apostam em alta até 200 pontos-base na Selic, mas a maioria espera elevação de pelo menos 125 a 150 pontos-base.
“Do outro lado do mundo, o governo chinês mantém a sua política de tolerância zero contra a covid-19, instaurando novos lockdowns focalizados ao redor do país de forma a prevenir um novo surto da variante Delta”, informou o relatório da Guide Investimentos.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (25), o dólar encerrou o pregão em queda de 1,27%, negociado a R$ 5,55.
(Com informações do Estadão Conteúdo)