O dólar abriu em alta nesta terça-feira (28). Por volta das 9h30, a moeda estadunidense operava positivamente 0,403%, sendo negociada a R$ 5,1791 na venda, de olho na produção de possíveis vacinas que combatam a pandemia.
Na última segunda-feira (27), Moderna, Pfizer e BioNTech iniciaram as últimas fases para a implementação de suas vacinas. O dólar reage às expectativas dos investidores em todo o mundo.
Além disso, os impactos econômicos e sociais da pandemia serão intensos na América Latina, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
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À procura da vacina
A farmacêutica norte-americana Moderna (NASDAQ: MRNA) iniciou, na última segunda-feira (27), a fase final de testes de sua vacina contra o novo coronavírus (Covid-19). Essa etapa deve se estender até outubro deste ano.
O processo, segundo a Moderna, será estabelecido em dois grupos. Um receberá uma porção de 100 miligramas da vacina no primeiro dia, e depois outra dose 29 dias depois. O outro grupo, por sua vez, será testado com placebos. O objetivo é levantar provas da segurança e efetividade da medicação em prevenir a infecção do coronavírus, evitando, assim, que indivíduos passem a estados graves da doença.
Para qualquer vacina ser aprovada ou distribuída, são necessárias três fases de testes. A primeira se concentra na tentativa dos laboratórios em comprovar a segurança de suas medicações em seres humanos. A segunda, por sua vez, é o período em que há a tentativa de levantamento da informação se a vacina ou remédio produz imunidade à doença.
Já a última fase do estudo procura apresentar a eficácia da imunização ao vírus. Uma vacina pode ser disponibilizada à população quando recebe um registro sanitária comprovando sua eficácia. A quarta fase se concentra na distribuição à população.
A farmacêutica Pfizer (NYSE: PFE), em colaboração com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech (NASDAQ: BNTX), também iniciaram na última segunda-feira a fase final de testes de sua vacina.
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O teste final da possível vacinal incluirá até 30.000 participantes entre 18 e 85 anos em 120 locais ao redor do mundo, anunciaram as empresas. Se forem bem-sucedidas, eles esperam enviar a vacina para revisão regulatória final já em outubro. As empresas planejam fornecer até 100 milhões de doses até o final de 2020 e aproximadamente 1,3 bilhão de doses até o final do ano que vem.
América Latina sairá da crise mais pobre, diz BID
O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, afirmou que a América Latina sairá da crise com taxas mais elevadas de pobreza, em relação ao período pré-pandemia.
O executivo declarou que a região, onde o crescimento econômico já vinha desacelerando nos últimos anos, deverá registrar um queda de 8% a 10% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. As projeções refletem o impacto do coronavírus e das medidas de isolamento social, que elevaram o desemprego e o endividamento dos países da região.
A pandemia de Covid-19 irá “empobrecer não apenas os latino-americanos, [porém também] o mundo em geral, mas claramente a América Latina será mais afetada porque somos uma região [de mercado] emergente”, destacou o presidente da instituição.
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O Banco Interamericano de Desenvolvimento, o maior credor de nações latino-americanas, aprovará ainda neste ano cerca de US$ 20 bilhões (equivalente a R$ 103,4 bilhões na cotação atual) em empréstimos.
Última cotação do dólar
Na sessão da última segunda-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,935%, negociado a R$ 5,1583 na venda.