Dólar tem segunda alta consecutiva e se aproxima dos R$ 5 novamente
O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (30) em alta de 0,63%, negociado aos R$ 4,973.
Hoje, o dólar anotou sua segunda alta consecutiva, voltando a se aproximar dos R$ 5, após ter acumulado uma queda de 2,58% na semana passada.
De acordo com Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, hoje o mercado esteve atento à questão da nova cepa do Coronavírus (Covid-19), contudo o pior movimento se dá na Ásia, explica o especialista.
Além disso, o mercado também está de olho no pacote de infraestrutura norte-americano proposto por Joe Biden e na fala de Arthur Lira sobre dividendos, “que apesar de ter acalmado os investidores, uma taxação de 0% para 15% ainda é considerada um problema”.
Notícias que movimentam o dólar hoje
Confira outras notícias que também movimentaram o mercado hoje:
- Taxa de desemprego mantém recorde de 14,7%, segundo IBGE
- Dívida bruta do Governo Geral cai para 84,5% do PIB em maio
- Guedes sinaliza alíquota menor para empresas
Taxa de desemprego
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total de pessoas desempregadas no Brasil subiu 3,4% no trimestre encerrado em abril deste ano, elevando a taxa de desemprego para 14,7%.
Frente ao trimestre encerrado em janeiro, quando a taxa de desemprego ficou em 14,2%, o aumento foi de 0,4 ponto percentual, o que representa mais 489 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho no País. A alta ante o mesmo trimestre móvel de 2020 é de 2,1 pontos percentuais.
De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, tanto a taxa quanto o contingente de desocupados mantêm o recorde registrado no trimestre encerrado em março, no maior nível da série comparável, iniciada em 2012.
Dívida bruta
Apesar dos gastos dos governos para fazer frente à pandemia do novo coronavírus, a dívida pública brasileira desacelerou em maio. Dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral fechou maio aos R$ 6,696 trilhões, o que representa 84,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual é menor que os 85,6% de abril (dado revisado).
No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia de covid-19, a expectativa é de que a dívida bruta continue em patamares altos nos próximos meses no Brasil. Este é um dos principais fatores de preocupação dos economistas do mercado financeiro.
Guedes
Para enfrentar as resistências dos grandes empresários ao projeto de reforma tributária, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que o governo deve acelerar a queda do Imposto de Renda das empresas em 2022. Mas Guedes não quer abrir mão da volta da taxação na distribuição de lucros e dividendos com uma alíquota de 20%.
Pela proposta do governo, a alíquota do IRPJ cairia cinco pontos porcentuais – de 25% para 20% – em dois anos. Guedes já antecipa que a queda pode ocorrer de uma vez só no ano que vem. A interlocutores, ele admitiu que, se a recuperação da arrecadação ao longo do ano que vem for ainda maior, a alíquota poderá ter uma queda adicional de 2,5 pontos porcentuais – chegando a 7,5 pontos.
Fechamento do câmbio hoje
Além do dólar comercial, confira a cotação das principais moedas hoje:
- Euro hoje: +0,29% aos R$ 5,89
- Libra hoje: +0,51% aos R$ 6,88
- Dólar turismo hoje: +0,65% aos R$ 5,13
- Bitcoin: -2,05% aos R$ 174.777,156
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (29) , o dólar encerrou em alta de 0,28%, aos R$ 4,942.