Dólar tem perda de 3,61% de olho em PEC da transição

Após uma sequência de quatro pregões de queda firme, período em que acumulou desvalorização de 3,94%, o dólar subiu na sessão da última sexta-feira (2). No último dia útil da semana, do dólar voltou a fechar acima da barreira dos R$ 5,20. Isso se deu por ajustes de posições e realização de lucros em sessão de liquidez reduzida por conta do jogo do Brasil contra Camarões na Copa do Qatar.

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A alta do dólar no mercado doméstico se deu em sintonia com a tendência de valorização da moeda americana em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities.

O dia foi marcado por dados acima do esperado da geração de emprego nos Estados Unidos em novembro, o que dá sustentação à tese de que o Federal Reserve (Fed, o BC americano), embora possa desacelerar o ritmo de aumento de juros neste mês, deve prolongar o aperto monetário em 2023.

O payroll mostrou criação de 263 mil vagas em novembro, acima do esperado por analistas (200 mil) e aumento dos salários superior ao previsto.

PEC da transição afetou o dólar nesta semana

A desvalorização do dólar ao longo da semana é atribuída à possibilidade crescente de desidratação da PEC da Transição e à perspectiva de uma articulação política mais efetiva por parte do governo eleito com a presença de Lula em Brasília.

Fontes afirmaram ao Broadcast que está “pacificado” no Congresso o prazo de dois anos para retirada das despesas com o Bolsa Família do teto de gastos, em vez dos quatro anos pleiteados pelo futuro governo.

Haveria divergências, contudo, em relação ao valor, estipulado em R$ 198 bilhões no texto apresentado. Petistas já admitiriam, contudo, a possibilidade de redução para a faixa de R$ 150 bilhões. Circulam rumores também que poderia vingar uma proposta híbrida, com elevação do teto em R$ 80 bilhões e gastos extrateto de R$ 70 bilhões para bancar o Bolsa Família.

O mercado também acompanha a novela em torno da escolha do ministro da Fazenda, peça-chave para saber qual como será a condução da política econômica.

Lula evitou responder questão sobre a possibilidade do ex-prefeito Fernando Haddad, nome mais cotado neste momento, ocupar a Fazenda. “Se eu responder o que você quer, você já vai saber o que eu penso, então eu não vou responder”, disse.

(Com Estadão Conteúdo)

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Gustavo Bianch

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