A tensão fiscal do País e o exterior negativo, com dólar e juros dos Treasuries em alta e bolsas em baixa, apoiam fortes ganhos do dólar ante o real nos primeiros negócios desta quinta-feira (21).
Às 10h20 desta quinta, o dólar à vista subia 0,81%, a R$ 5,64. O dólar para novembro ganhava 1,07%, a R$ 5,6675.
Na renda fixa, o Tesouro até já antecipou a divulgação de lotes pequenos para o leilão de títulos prefixados de hoje, que costuma ser feita às 10h30, ajudando a aliviar um pouco a pressão na curva de juros.
No câmbio, há expectativas também sobre nova intervenção do Banco Central, com injeção de liquidez “extra”, que poderia amenizar também a volatilidade, e porque o real opera bem mais desvalorizado ante o dólar no exterior do que seus pares emergentes e ligados a commodities.
Os ajustes cambiais precificam os sinais de que o governo federal está disposto a furar o teto de gastos para elevar o valor do Auxílio Brasil a R$ 400, possibilidade admitida ontem pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que colocou o poder de decisão nas mãos da ala política. O mercado monitora Guedes em evento hoje, às 19h.
Conforme apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o novo arranjo de benefícios do Auxílio Brasil deve ter um custo extra de R$ 51,1 bilhões em 2022, dos quais pelo menos R$ 30 bilhões extrateto já teria o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes.
“A elevação do risco fiscal como resultado dessas incertezas tem levado as apostas de um ajuste mais duro na próxima reunião do Copom. Os riscos políticos devem determinar a toada na abertura dos mercados no dia de hoje aqui no Brasil”, analisou o relatório da XP Investimentos.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (20), o dólar encerrou em queda de 0,59%, negociado a R$ 5,56.
(Com informações do Estadão Conteúdo)