O dólar renovou máxima intradia, a R$ 5,663 (alta de 0,35%) no mercado à vista na manhã desta sexta-feira (29). Desde então, a moeda norte-americana devolveu parte dos seus ganhos e opera próximo das R$ 5,643 na tarde de hoje.
A pressão de investidores comprados na Ptax esta mais forte diante da ampliação do ganho do dólar no exterior, apesar de dados mistos da economia americana divulgados nesta manhã. A expectativa do mercado é de que o Fed anuncie o início da redução de estímulos nos EUA na próxima semana, afirma o analista de operações cambiais Lucas Schroeder, da corretora Câmbio Curitiba.
Às 14:14, o dólar comercial subia 0,30%, cotado a R$ 5,642 na venda.
Já o índice DXY, que mede a moeda frente outras seis divisas internacionais, subia 0,95% no mesmo horário, para 94,24 mil pontos.
A alta do dólar frente o real é puxada também, segundo o analista, pela incerteza fiscal interna. “As indefinições sobre a PEC dos Precatórios e o Auxílio Brasil geram insegurança e ainda o congelamento do ICMS deve causar baque na arrecadação estadual”, avalia Schroeder.
O analista fala sobre a decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de congelar o valor do ICMS cobrado nas vendas de combustíveis por 90 dias, divulgada nesta sexta-feira.
Segundo Schroeder, também influencia na cotação do dólar hoje a percepção de que a greve dos caminhoneiros, marcada para segunda-feira, dia 1º de novembro, pode ter adesão alta após lucro bilionário de R$ 31 bilhões reportado pela Petrobras (PETR4) no terceiro trimestre.
A disparada do preço do petróleo e dos combustíveis, por consequência, foi responsável pelo lucro da estatal no período e também é a principal reclamação da categoria no País.
“A falta de previsibilidade fiscal e a greve de caminhoneiros sustentam o mal-estar dos investidores locais e estrangeiros com o Brasil”, afirma o analista de câmbio.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (28), o dólar fechou em alta de 1,26%, negociado a R$ 5,62.
Com informações do Estadão Conteúdo.