O dólar acentua a alta apresentada na abertura desta terça-feira (28). A moeda é pressionada por exterior pessimista, além disso, investidores monitoram ata do Copom e forte alta do petróleo no exterior, em meio a um ambiente de cautela com a inflação brasileira.
Por volta das 12h40, o dólar hoje tinha alta de 0,75%, negociado acima dos R$ 5,40, a R$ 5,43. Na abertura, o câmbio tinha uma leve alta de 0,11%, cotado a R$ 5,39.
Os investidores reforçam posições cambiais de olho ainda no avanço dos retorno dos Treasuries longos nos Estados Unidos em meio a expectativas pelo depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em comitê do Senado americano no fim da manhã.
Na semana passada, Powell afirmou que a redução das compras de ativos pode ser anunciada oficialmente em novembro.
Além disso, os investidores acompanham a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que reafirmou nesta terça-feira (28), por meio da ata de seu último encontro, a intenção de promover novo aumento da Selic (taxa básica de juros) em setembro.
Após a elevação de 1,00 ponto porcentual na semana passada, para 6,25% ao ano, o BC disse hoje na ata do Copom que, para a próxima reunião, “antevê outro ajuste da mesma magnitude”. Ao mesmo tempo, a autoridade monetária deixou a porta aberta para um aumento até maior.
“Em relação ao câmbio, o dólar se mostra forte no exterior, e no cenário interno, somamos a crise hídrica, instabilidade política e dificuldade de avanço da agenda econômica no congresso tendem a não aliviar a pressão cambial. O dólar à vista chegou a R$ 5,3788 no dia de ontem, mesmo após leilão antecipado de swap cambial de US$ 700 milhões”, disse Trader Mesa Câmbio do Travelex Bank, Yuri Pasini.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (27), o dólar encerrou o pregão com alta de 0,65%, negociado a R$ 5,37.