Dólar recua mais de 1% com queda ante emergentes e Selic no radar

O dólar renovou a mínima intradia no mercado à vista na tarde desta segunda-feira (25). Às 14:16, a moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$ 5,554, caindo mais de 1%.

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O economista-chefe da J.F. Trust, Eduardo Velho, afirma que o mercado está saindo do dólar e migrando para a Bolsa brasileira, que vive um dia de recuperação após perder cerca de 7% na última semana.

O destaque desta segunda no Ibovespa é a Petrobras (PETR4), cujas ações sobem quase 5% diante dos novos aumentos no preço dos combustíveis e à espera do balanço trimestral da petroleira nesta semana.

Para o economista, o ajuste de baixa do dólar hoje frente ao real acompanha a queda predominante da moeda ante divisas emergentes nesta manhã. Há um leve apetite por ativos de risco no exterior, que apoia ganhos das bolsas americanas.

Às 14:30, o dólar comercial diminuía as perdas e operava com queda de 1,18%, cotado a R$ 5,561 na venda. No exterior, o índice do dólar (DXY) ganhava 0,21% no mesmo horário, operando aos 93,82 mil pontos.

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Risco Brasil para trás?

Velho avalia que o abandono do teto de gastos pelo governo já foi precificado e agora o mercado avalia em quanto pode ficar o extrateto. Além disso, investidores esperam que, em algum momento, o excesso de gasto atual possa ser corrigido no próximo governo.

“Os próximos governos tendem a tomar medidas para conter a tendência de piora das contas públicas”, afirma o economista. O CDS (credit default swap, título derivativo) do Brasil de cinco anos estava em leve queda a 222 pontos-base por volta das 11 horas, após subir 6% na sexta-feira a 224 pontos-base ante quinta.

Na sexta-feira, o CDS de cinco anos acumulava alta de quase 10% em outubro e de cerca de 59% neste ano até 22 de outubro, enfatizou o economista, apontando que o risco Brasil amenizou nesta segunda, o que favorece a queda do dólar.

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Para Velho, no entanto, um Copom mais agressivo nesta quarta-feira, com elevação de 150 pontos-base da Selic, pode não ser suficiente para voltar a atrair investidores estrangeiros ao País, porque os “gringos” não olham apenas o juro real, mas os fundamentos fiscais e políticos também, que continuam nebulosos.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (22), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,71%, negociado a R$ 5,62.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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