O dólar acentua a alta na tarde desta sexta-feira (24) com a prévia da inflação e o caso Evergrande no radar dos investidores.
Por volta das 15h10, o dólar hoje tinha uma alta de 0,85%, negociado a R$ 5,34. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial no país, chegou a 1,14% em setembro deste ano. A taxa é superior ao resultado de 0,89% de agosto deste ano e ao 0,45% de setembro do ano passado. É também a maior taxa para setembro desde 1994 (1,42%).
Com o resultado, a prévia da inflação oficial acumula taxas de 7,02% no ano e de 10,05% em 12 meses. A taxa trimestral do IPCA-15, também conhecida como IPCA-E, chegou a 2,77%. Os dados foram divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De agosto para setembro, oito dos nove grupos de despesas registraram inflação, com destaque para transportes (2,22%), que teve alta de preços influenciada pela gasolina (2,85%), etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%).
No câmbio, a inflação acima do esperado e o consequente aumento nas apostas de aceleração de juros no País exercem pressão de baixa no dólar, em tese agindo para limitar o fortalecimento da moeda.
Já no cenário externo, os investidores estão atentos ao “risco Evergrande” reavivado no mercado internacional. Sem a confirmação de que a gigante chinesa tenha feito o pagamento de juros programado para ontem, os negócios voltam a ecoar temores de um possível colapso da incorporadora.
“Nesta sexta-feira a continuidade dos temores sobre a Evergrande deve prejudicar o mercado brasileiro, após três dias de alta do nosso índice Bovespa. Contudo, os juros futuros tendem a ser pressionados para cima devido às incertezas do âmbito fiscal”, disse o Trader Mesa Câmbio do Travelex Bank, Yuri Pasini.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (23), o dólar encerrou em leve alta de 0,10%, negociado a R$ 5,31.