O dólar sustenta queda forte nesta sexta-feira (05), com investidores digerindo os dados de emprego dos Estados Unidos, que vieram melhor do que o esperado.
Na mínima intradia, o dólar à vista caiu 1,53%, cotado a R$ 5,513 na venda comercial. Já o dólar futuro, para dezembro, chegou a R$ 5,5480 (-1,49%).
A aceleração do ajuste da moeda norte-americana frente ao real reflete também uma realização de ganhos, após fortes altas nos últimos dias.
No exterior, o dólar também apresenta depreciação frente outras moedas nesta sexta. O índice DXY, que mede as variações da moeda norte-americana frente a outras seis divisas relevantes, apresentava queda de 0,09% às 14:38. Parte desse movimento é em resposta ao payroll divulgado pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos hoje.
Foram criados 531 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês de outubro no país. A estimativa do mercado girava em torno de 400 mil. Investidores interpretam os dados como positivos, mas não acreditam que irá impactar na decisão do Fed em relação a data em que será aumentado o juro nos EUA.
No CME Group, as apostas em elevação de juros pelo Federal Reserve já em maio de 2022 têm leve aumento, após o payroll, e ajudam a apoiar avanço do juro da T-Note 2 anos, a 4,226%, de 4,06% no fim da tarde de ontem, enquanto as demais taxas recuam.
Às 14:56, o dólar comercial caía 1,57%, a R$ 5,518 na venda, bastante próximo da mínima intradia.
Cenário interno
Embora não impacte tanto na queda do dólar hoje, o cenário interno continua no radar. Pesam as incertezas sobre a aprovação da PEC dos Precatórios em segundo turno pela Câmara na próxima terça-feira (9).
Investidores do setor de infraestrutura congelam novos investimentos alegando que a aprovação dessa PEC dará aval à quebra do equilíbrio econômico e financeiro dos projetos de concessão. Entretanto, há sinais de dificuldades para a aprovação da proposta no Senado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou sua defesa ao teto de gastos na manhã desta sexta, mas admitiu que o pagamento dos precatórios dentro do teto, como prevê a lei, “engessa a máquina do Estado”.
Lira afirma que, em sua visão, mesmo “longe do ideal”, a PEC dos Precatórios que foi aprovada em primeiro turno na quinta-feira (4), “resolve o problema dos precatórios com relação a 2022”.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (4), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,29%, negociado a R$ 5,60.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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