Dólar renova máxima com força no exterior e risco fiscal interno

O dólar opera entre perdas e ganhos na tarde desta quinta-feira (04), com investidores digerindo a aprovação do texto-base da PEC dos Precatórios.

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Na venda à vista, o dólar bateu R$ 5,6193 (+0,53%) na máxima intradia, por volta das 10h. Já o dólar futuro, para dezembro, subiu até R$ 5,6470 (+1,19%) no mesmo horário.

O economista-chefe da J.F. Trust, Eduardo Velho, diz que o mercado de câmbio se ajusta à ampliação do ganho do dólar no exterior, após uma queda maior do que a esperada dos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA. Na semana encerrada em 30 de outubro, as solicitações somaram 269 mil pedidos, enquanto a previsão era de 275 mil.

Além disso, no exterior, a decisão do banco da Inglaterra de manter os juros mais baixos, contrariando expectativas, também movimenta o dólar hoje.

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Às 13:15, o índice DXY, que compara a moeda norte-americana com outras seis divisas, tinha forte subida, de 0,48%, aos 94,33 mil pontos. O que indica força do dólar lá fora.

Cenário interno

Para Eduardo Velho, a aprovação em primeiro turno da PEC dos Precatórios na Câmara teve efeito de baixa pontual no mercado de câmbio no começo da sessão, porque a votação está incompleta e a aprovação em primeiro turno foi apertada.

Às 13:55, o dólar comercial já subia mais 0,42%, cotado a R$ 5,613, próximo da máxima intradia.

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O economistas ainda acrescenta que a perspectiva é de expansão maior dos gastos públicos e ainda há muita incerteza também sobre se haverá alguma solução interna para a disparada dos preços dos combustíveis, sem contar que os preços do petróleo voltam a subir mais de 2% nesta quinta, pressionando a inflação no País.

Velho comenta que a inflação de alimentos em outubro e novembro volta a subir no exterior e pode ter reflexos nos preços no Brasil, com câmbio ainda alto.

Mesmo com perspectiva de Selic em dois dígitos no curto prazo, a expectativa de ações de expansão fiscal e ruídos na política afastam os investidores estrangeiros, limitando o fluxo financeiro para o País, afirma o economista.

A alta do dólar pode estar refletindo ainda demanda para saídas sazonais de fim de ano, avalia.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (3), o dólar fechou em queda de 1,42%, negociado a R$ 5,59.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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