O dólar abre em queda após o Banco Central (BC) anunciar que faria mais uma oferta de até US$ 1 bilhão em swaps cambiais.
Por volta das 9h30, nesta sexta-feira (14), o dólar variava negativamente a 0,164%, sendo negociado a R$ 4,3278. O mercado também está de olho na prévia do PIB, divulgado pelo BC, indicando um crescimento de 0,89% na economia brasileira em 2019.
Além disso, os investidores estão atentos à divulgação do IBGE acerca do desemprego por regiões no Brasil.
Swaps cambiais
O Banco Central realizou na última quinta-feira (13) uma intervenção no mercado de câmbio. A medida ocorreu um dia após a cotação do dólar atingir um novo recorde, fechando em R$ 4,35.
A intervenção para conter a alta do dólar ocorreu por meio da oferta de 20 mil contratos de swaps cambiais. A venda equivale a US$ 1 bilhão, com vencimento em agosto, outubro e dezembro deste ano. Além disso, o BC também ofertou 13 mil contratos com rolagem em abril. Entretanto, somente 10,5 mil foram adquiridos no pregão.
A autoridade monetária informou que faria outra oferta de 20 mil contratos nesta sexta-feira (14), com a intenção de permanecer contendo a alta da valorização da moeda norte-americana frente ao real.
IBC-Br
O indicador de atividade econômica considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) demonstra que a economia brasileira cresceu 0,89% em 2019. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Banco Central (BC).
Dessa forma, o estudo indica que a economia brasileira cresceu pelo terceiro ano seguido após a recessão de 2015 e 2016. No entanto, sinaliza que, em comparação a 2018, quando o crescimento do PIB foi de 1,3%, houve uma retração.
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O Banco Central apontou uma série de acontecimentos em 2019 que influenciaram o desenvolvimento da economia, tais como o rompimento da barragem da Vale (VALE3) em Brumadinho, Minas Gerais.
Além disso, a guerra comercial entre China e Estados Unidos, a recessão argentina também contribuíram para uma retração de de 0,67% ao PIB.
Desemprego
A taxa de desemprego no Brasil teve queda em 16 estados, que apresentaram uma melhora no indicador em linha com a média nacional que saiu de 12,3% em 2018 para 11,9% em 2019. As menores taxas de desemprego foram em:
- Santa Catarina
- Rondônia
- Rio Grande do Sul
- Mato Grosso do Sul
- Mato Grosso
Em contrapartida, os estados com maiores taxas de desemprego foram Amapá (17,4%) e Bahia (17,2%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (14).
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A taxa de informalidade chegou ao seu maior nível desde 2016 (41,1%) e foi recorde em 20 estados. Com isso, o número de colaboradores sem carteira assinada e por conta própria bateu recorde.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em queda de 0,345%, negociado a R$ 4,3356.