O dólar segue em alta no exterior e no mercado local nesta segunda-feira (25) e há expectativas se o Banco Central vai intervir com novo leilão de venda de dólares no mercado à vista.
Às 12h, o dólar à vista subia 2,65%, a R$ 4,91. O dólar futuro para maio ganhava 0,51%, a R$ 4,83, após máxima a R$ 4,86.
Na tarde de sexta-feira, o BC vendeu US$ 571 milhões e ajudou a tirar pressão do dólar à vista, que fechou a R$ 4,80 (+4%), após atingir máxima a R$ 4,83. Mas os juros futuros operam em baixa, sob influência da queda de mais de 4% do petróleo e do recuo dos juros dos Treasuries nesta manhã.
Pesam nos negócios o cenário de aversão a risco com ampliação das restrições pela covid-19 na China e sinais de agressividade no ritmo da política monetária dos Estados Unidos na próxima semana, enquanto no Brasil a diretoria do Banco Central reforça os sinais de que o aumento de 1 pp, a 12,75% da Selic em maio pode ser o último do atual ciclo de aperto de juros.
Essa perspectiva reduz a atratividade do país em relação ao diferencial de juros ante a aceleração das taxas externas, com efeito de alta no dólar e também de baixa dos juros futuros. Sinais de crise institucional entre STF e militares estão no radar local.
A expectativa nos próximos dias fica com o IPCA-15 de abril, na quarta-feira, exatamente uma semana antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre juros (4 de maio), mesmo dia do desfecho da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 3,99%, negociado a R$ 4,80.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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