O dólar à vista opera em alta na manhã desta sexta-feira (6), e bateu máxima a R$ 5,0809, enquanto o dólar junho passou a subir, após um viés de baixa na abertura dos negócios. Os ajustes ecoam ainda os aumentos de juros e sinais “hawkish” para a política monetária pelo Federal Reserve, Banco da Inglaterra e Copom.
Às 11h30 desta sexta-feira, o dólar à vista subia 1,09%, a R$ 5,08. O dólar futuro para junho ganhava 0,30%, a R$ 5,08.
Nesta sexta, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Olli Rehn, disse que a autoridade monetária precisa agir rapidamente com uma alta de juros para combater a inflação, apoiando um fortalecimento do euro e da libra ante o dólar, que leva o índice DXY a cair.
Os investidores olharam mais cedo a desaceleração do IGP-DI de abril a 0,41%, ante alta de 2,37% em março, abaixo da mediana positiva de 0,75%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast.
Após o comunicado do Copom, no qual o BC sinaliza uma “provável extensão do ciclo com um ajuste de menor magnitude” o mercado ajustou suas apostas para a Selic. Pesquisa do Projeções Broadcast mostra que de 40 instituições financeiras, 30 esperam juros terminais em 13,25%, e outras dez veem uma taxa de 13,5% ou mais.
Na última pesquisa, anterior ao Copom de maio, 12 de 51 casas previam Selic de 12,75% no fim do ciclo. Na quarta-feira, dia 4, o Copom elevou os juros em 1 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75%, em linha com as estimativas das 54 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast.
Também as previsões para a inflação local vem sendo revisadas. O Itaú Unibanco eleva projeção de IPCA 2022 de 7,5% para 8,5% e a de 2023, de 3,7% para 4,2%, mas manteve a projeção de alta de 1,0% para PIB 2022 e de 0,2% para 2023.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (6), o dólar fechou em forte alta de 2,30%, negociado a R$ 5,016
(Com informações do Estadão Conteúdo)