Dólar sobe com Fed e Copom no radar
O dólar ajusta-se em alta no mercado local, após ter caído 2,15% ontem no mercado à vista. Mas a ampliação da alta do petróleo a mais de 4% há pouco, reagindo á proposta da União Europeia de embargo total ao óleo russo até o fim deste ano, ajuda na desaceleração do dólar bem como o sinal de baixa predominante da moeda americana no exterior, onde estende hoje os ajustes pré-Fed vistos na sessão anterior.
Às 14h50, o dólar à vista avança 1,30% , negociado a R$ 5,00. O dólar futuro para junho ganhava 0,68%, a R$ 5,0370.
Lá fora, os rendimentos dos títulos públicos de longo prazo dos Estados Unidos perderam força há pouco, com o juro da T-note de 10 anos caindo à mínima diária, após o relatório de empregos da ADP mostrar geração de 247 mil empregos em abril, abaixo da previsão (+390 mil).
O dólar valorizado ajuda para viés de alta das taxas de juros médias e longas, enquanto o DI curto ronda o ajuste anterior, com viés de baixa. O mercado de juros já dá como certa a elevação de 1 ponto da Selic a 12,75% ao ano pelo Copom, após o fechamento dos mercados, e quer saber se o Copom encerrará ou não o ciclo de aperto na reunião deste mês.
Também vem sendo amplamente precificada nos mercados a expectativa de alta de 0,50 ponto dos juros dos Fed Funds, à faixa de 0,75% a 1,00%, e os investidores aguardam a entrevista de Jerome Powell, presidente do Fed, para avaliar sinais sobre os próximos passos do aperto monetário neste ano, incluindo possível início da redução do balanço patrimonial da instituição, próximo hoje a US$ 9 trilhões.
O Banco Central informou há pouco que suas publicações estão suspensas devido à greve dos servidores em andamento. A suspensão abrange os dados do fluxo cambial, que costumam sair às quartas-feiras à tarde, e demais publicações do órgão. “Oportunamente, informaremos com 24 horas de antecedência as novas datas para as divulgações”, disse o BC em nota enviada à imprensa.
“No mundo, uma ‘tempestade perfeita’ se forma, com a China em lockdown, por mais um surto de Covid, além da guerra da Ucrânia,
mantendo o mundo em suspense. Por isso, a inflação segue galopante”, destacou o relatório da Mirae Asset.
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (3), o dólar encerrou o pregão em forte queda de 2,15%, negociado a R$ 4,96
Com informações do Estadão Conteúdo