O dólar encerrou o pregão desta sexta-feira (22) com alta superior a 2,5%, equivalente a R$ 0,10, na B3 (BM&F Bovespa).
Após o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), declarar que a “responsabilidade daqui para frente é do governo“, referindo-se à articulação da aprovação da reforma da Previdência, o dólar encerrou a R$ 3,9022, com alta de 2,687%.
Na segunda-feira (18), dia no qual o índice acionário Ibovespa atingiu 100 mil pontos na Bolsa de Valores de São Paulo, o dólar encerrou a data com baixa de 0,759% a R$ 3,7916.
Confira abaixo o fechamento das principais moedas:
- Euro: alta de 2,268% a R$ 4,4152
- Libra esterlina: alta de 3,646% a R$ 5,1596
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Maia quer afastar-se de articulação da reforma da Previdência
A desarticulação do governo em torno da pauta tem desanimado o deputado Rodrigo Maia. Semanas atrás, ele chegou a cobrar publicamente maior engajamento da base bolsonarista pela defesa da proposta.
Após a cobrança pública de Maia, Bolsonaro se mostrou mais presente na defesa da reforma. Suas declarações atacando a “velha política”, no entanto, inflamaram sua relação com o Congresso Nacional.
O presidente foi eleito defendendo o fim do “toma lá, dá cá”, ou seja, o balcão de negócios típico da atividade legislativa em Brasília. Bolsonaro chegou a dizer nesta sexta que “não está disposto” a abrir mão de sua recusa em negociar cargos por votos na reforma da Previdência.
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As declarações contraditórias do presidente deixaram a impressão de que ele quer Maia na linha de frente pela aprovação da impopular reforma, praticando a “velha política”, mas que não vai entrar na briga pela obtenção dos votos.
Rodrigo Maia entendeu a mensagem e declarou, de agora em diante, fará a “nova política”, assim como Bolsonaro. “Eu concordo com o presidente: é preciso construir uma maioria de uma nova forma. Essa responsabilidade é dele. Quando ele tiver a maioria e achar que é a gora de votar a reforma, ele me avisa e eu pauto para votação. E digo com quantos votos posso colaborar”, declarou Maia, segundo a Folha de S.Paulo.
Brexit
As moedas europeias tiveram forte valorização no Brasil, após o adiamento do Brexit ser aprovado, em decisão unânime, também pela União Europeia (UE). O Brexit é um termo referente à saída do Reino Unido do bloco econômico.
O novo prazo para a saída da nação da UE é até 12 de abril: com ou sem acordo.
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Prisão de Michel Temer
O vice-presidente Hamilton Mourão voltou a falar na última quinta-feira (21) sobre a prisão do ex-presidente Michel Temer na Operação Lava Jato, mais cedo. Se antes ele havia dito que a ação da Polícia Federal não influenciaria na votação de pautas no Congresso, agora ele expressava que havia, sim, preocupação.
“A preocupação é total [com a base necessária para a aprovação da reforma da Previdência] e nós vamos ter que trabalhar lá dentro do Congresso. É a conquista de corações e mentes”, afirmou Mourão, na saída do Palácio do Planalto. Ele assumiu interinamente a Presidência em razão da viagem do presidente Jair Bolsonaro ao Chile.
Embora o vice-presidente reconhecesse o impacto na relação com o Congresso, ele disse que isso vai passar em breve. “Tem ruído, vai ficar esse ruído, mas vamos aguardar, daqui a pouco pode ser que ele [Michel Temer] seja solto. Vamos ver o que vai acontecer”, afirmou.
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Confiança da Indústria
A confiança do empresário industrial, no Brasil, caiu em março, após acumular uma sequência de quatro altas.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou em 61,9 pontos em março, queda de 2,6 pontos na comparação com fevereiro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Última cotação
Na quinta-feira (22), a alta do dólar foi de 0,903%, elevando a venda da moeda a R$ 3,8001.