O dólar encerrou a semana, entre os dias 25 a 29 de novembro, em alta acumulada de 1,14%. A variação positiva ocorreu em meio a três máximas históricas consecutivas da moeda norte-americana. Em novembro, o dólar acumulou alta de 5,73%.
Nesta semana, devido a alta do dólar, o Banco Central (BC) decidiu intervir por meio de um leilão extra para vender a moeda à vista. A medida ocorreu após a moeda norte-americana se aproximar de R$ 4,27.
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Confira quais foram os principais fatores que motivaram a alta do dólar nesta semana:
- Segunda-feira: fechou em alta após o Banco Central projetar um déficit em transações correntes em novembro;
- Terça-feira: atingiu máxima histórica, pelo segundo dia consecutivo, e o BC anunciou um leilão para a venda da moeda;
- Quarta-feira: renovou a máxima histórica em meio a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos;
- Quinta-feira: encerrou em queda em meio a novas tensões da guerra comercial entre Estados Unidos e China;
- Sexta-feira: fechou em alta após o BC anunciar novos leilões da moeda norte-americana.
Segunda-feira
Na segunda-feira (25), a moeda norte-americana encerrou em alta de 0,527%, negociado a R$ 4,215 na venda. A variação positiva indicou uma nova máxima histórica, que se renovou nos dias seguintes, para a moeda norte-americana.
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No cenário interno, o mercado foi movimentado pela informação que o Banco Central (BC) está projetando um déficit em transações correntes de US$ 5,8 bilhões no mês de novembro.
No mercado externo, a Amazon anunciou uma parceria com a Pinduoduo, terceira maior varejista da China, para a Black Friday. Por meio do acordo, a gigante norte-americana buscava atrair consumidores chineses.
Além disso, o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, declarou que um acordo comercial entre China e Estados Unidos pode ocorrer até o final deste ano.
Terça-feira
O dólar fechou, na terça-feira (26), em alta de 0,588% sendo cotado a R$ 4,2398. Com isso, o valor foi, pelo segundo dia consecutivo, o maior da história.
A variação positiva da moeda norte-americana, que chegou a R$ 4,2771 durante o dia, ocorreu após o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizar que a variação do dólar ante o real é um movimento natural para os novos níveis de juros no País.
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Com a alta, o Banco Central decidiu intervir e anunciou leilão extra para vender a moeda à vista. A medida vez com que a valorização da moeda estadunidense ante o real diminuísse.
Ademais, o mercado foi movimentado após o presidente norte-americano, Donald Trump, declarar que Estados Unidos estão na “fase final” da tentativa de chegar a um acordo em relação à guerra comercial com a China.
Quarta-feira
A moeda norte-americana encerrou, na quarta-feira (27), em alta de 0,44%, vendida a R$ 4,2586. A cotação representou, mais uma vez, um novo recorde histórico.
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Entre as notícias que movimentaram o mercado neste dia, a economia dos Estados Unidos cresceu 2,1% no terceiro trimestre deste ano. A previsão inicial era que o avanço no PIB fosse de 1,9%.
Além disso, na quarta-feira, a Delta Airlines deu início a compra de 20% de participação na Latam Airlines. O início das negociações permite que os acionistas da companhia chilena-brasileira poderão vendam seus papéis para a aérea norte-americana.
Quinta-feira
O dólar fechou, na quinta-feira (28), em baixa de 1%, após três dias em alta recorde, a R$ 4,2160.
A queda ocorreu em meio a novos desdobramentos da guerra comercial. O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou um projeto de lei que indica que os Estados Unidos apoiam os manifestantes de Hong Kong.
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No entanto, a medida cria um clima de tensão com o governo chinês e pode complicar os esforços para o fim da guerra comercial.
No cenário interno, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, respondeu as críticas sobre a fixação do teto para os juros do cheque especial. “Se fosse tabelamento, não tinha tarifa. Os bancos vão poder cobrar tarifa proporcional para quem usa o produto. Se fosse tabelamento, era só colocar limite de juros”, afirmou Campos Neto.
Além disso, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,7 ponto em novembro, na comparação com outubro, para 96,3 pontos, o maior nível desde maio de 2018 (97,2 pontos).
Sexta-feira
A moeda norte-americana encerrou, na sexta-feira (29), em alta de 0,581%, a R$ 4,2405 na venda.
No último dia da semana, o Banco Central anunciou novos leilões de dólares das reservas do País. A venda direta da moeda é uma forma de intervenção cambial para conter o endividamento do governo em meio a valorização do dólar ante o real.
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O mercado também reagiu aos novos dados sobre o desemprego no Brasil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no País é de 11,6%. Dessa forma, 12,4 milhões de pessoas estão desempregadas.
Ademais, a variação positiva do dólar refletiu a remoção das restrições temporárias ao fornecimento de carne bovina brasileira, da JBS e da Minerva, para a Rússia. As restrições foram aplicadas em dezembro de 2017.