Após subir até R$ 5,6596 nos primeiros negócios, o dólar zerou a alta e passou a cair, com mínima a R$ 5,60 no mercado à vista há pouco, apesar do dólar forte ante divisas principais e algumas moedas emergentes lá fora.
Por volta das 11h, o dólar tinha queda de 0,72%, negociado a R$ 5,60. O câmbio para novembro recuava 0,10%, a R$ 5,6490. O operador Hideaki Iha, da corretora Fair, avalia que o mercado estende os ajustes do fim do pregão de sexta, após confirmação da permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes.
É um ajuste de posições limitado, observa Iha, porque persiste pano de fundo de cautela com sinais de aumento dos gasto públicos, a votação da PEC dos Precatórios e a apresentação do relatório final da CPI da Covid, amanhã, no Senado.
Para o diretor Jefferson Rugik, da corretora Correparti, o mercado passa por ajuste de baixa, estendendo o movimento de realização de ganhos estimulado no fim do dia na sexta pelo anúncio da permanência do Guedes e pela possibilidade de termos um Copom mais agressivo nesta quarta-feira.
Rugik avalia também que a alta inicial do dólar refletiu ajustes à valorização do dólar ante pares principais e o peso mexicano no exterior e também à piora das projeções de IPCA e Selic na Focus e à queda esperada do PIB para este ano e em 2022.
O analista de câmbio Elson Gusmao, da Ourominas, avalia também que “pesa muito a expectativa de um choque na Selic, com alta esperada entre 125 e 150 pontos-pase pelo mercado”. “Vamos ver se após o chacoalhão do Guedes na sexta feira, o BC finalmente vai se colocar à frente nos juros ou se continuará atrás da curva de taxas do mercado mantendo elevação de 100 pontos do juro básico nesta quarta-feira”, disse Gurmão.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (22), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,71%, negociado a R$ 5,62.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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