Dólar foi o segundo melhor investimento global no 1º semestre, indica relatório da XP

O primeiro semestre de 2022 foi turbulento para boa parte dos investimentos, mas não para estes ativos: o petróleo subiu 47,6%, maior alta em 14 anos, e o dólar foi considerado o segundo melhor, de acordo com o índice DXY. O levantamento foi elaborado pela XP.

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“Durante a pandemia vimos movimentos contrários, com empresas de tecnologia e criptomoedas ascendendo e acumulando ganhos”, diz a análise da XP. “Mas, neste semestre, o ‘inverno cripto’ chegou e o Bitcoin caiu 59,6%.” As commodities, em movimento contrário. subiram e o principal motivo para a alta foi a retomada das atividades econômicas, que começaram em 2021 com a vacinação contra a Covid-19. Outros dois fatores, inesperados, mas de grande impacto para os preços das commodities foram a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China.

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Já a moeda americana se beneficiou das altas de juros adotadas pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, para controlar a inflação – a pior em 40 anos. Antes dos impactos globais da pandemia, os juros dos EUA eram de 0% a 0,25% – hoje o intervalo está entre 1,5% e 1,75%, com previsão mais altas nos próximos meses.

O segundo melhor investimento nessa primeira metade do ano foi o Dólar, nesse caso medido pelo índice DXY que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas.

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Em relação ao real, a divisa dos EUA encerrou junho com valorização de 10,15% – o maior avanço mensal desde março de 2020, quando anotou 16,03%. No semestre, contudo, teve retração acumulada de 6%.

O movimento de aumento de juros não aconteceu apenas nos Estados Unidos. O Brasil, Reino Unidos e países centrais da Europa também adotaram a medida para tentar conter os danos da inflação.

As ações brasileiras também sofrem com os movimentos do mercado em reais caíram 6%, mas conseguiram ter uma trajetória diferente em dólares, com uma leve alta de 0,6%. A alta na moeda americana se deu pela valorização do real frente ao dólar durante este semestre, que recuperou as quedas do ano anterior.

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Para o Brasil as altas das commodities foram benéficas, além da entrada de capital estrangeiro, que colaboraram para que nosso mercado de ações tivesse um resultado bom, na medida do possível. Já o mercado global, medido pelo índice MSCI ACWI, registrou queda de mais de 20%.

O petróleo fechou em alta nesta sexta (1º) à medida que preocupações renovadas com a oferta da commodity atingem o mercado.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto subiu 2,52% (US$ 2,67), a US$ 108,43, com alta semanal de 0,75%. Já o do Brent para o mês seguinte teve alta de 2,38% (US$ 2,60), a US$ 111,63, na Intercontinental Exchange (ICE), com avanço semanal de 2,32%.

Após operarem em queda durante a madrugada, os contratos futuros de petróleo passaram a subir mais de 2%, com o mercado reagindo ao levantamento da Reuters que mostrou que Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não cumpriu, em junho, o aumento da produção de óleo prometido, já que quedas involuntárias na Líbia e na Nigéria compensaram os aumentos de oferta da Arábia Saudita e outros grandes produtores.

A Opep bombeou 28,52 milhões de barris por dia (bpd) em junho, segundo a pesquisa, uma queda de 100 mil bpd em relação ao total revisado de maio.

Para o Julius Baer, a reação dos preços de petróleo ao fluxo de notícias geopolíticas sugere que o mercado ainda incorpora um alto grau de incerteza, ou seja, um prêmio de risco.

“A presença de tal prêmio de risco torna-se evidente quando o fluxo de notícias políticas atinge o mercado e infla temporariamente os preços”, comenta. “A demanda global está estagnada, principalmente devido aos altos preços dos combustíveis”, completa.

E o futuro?

Para os próximos seis meses de 2022 as preocupações seguem as mesmas do começo do ano: inflação em escalada, ações dos bancos entrais para conter danos, retirada de estímulos da economia – o que pode beneficiar o dólar ante as demais moedas. Nos Estados Unidos, a previsão é de entrada em bear market, ou seja, o mercado está em baixa e as chances de recessão seguem altas. Para o Brasil, ainda veremos mais volatilidade, já que temos um período de eleições pela frente.

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Com informações do Estadão Conteúdo

Redação Suno Notícias

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