O dólar fechou em alta de 0,64% nesta quarta (26), cotado em R$ 3,921 na venda. A moeda enfrentou um cenário político conturbado nos Estados Unidos.
Esse é o maior fechamento da moeda americana em quase três meses. Em 2 de outubro, o dólar valia R$ 3,935.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou no vermelho, com queda de 0,65% a 85.136,10 pontos. Chegou a recuar 2,1% no pior momento do dia. É o menor nível de fechamento do índice desde 13 de novembro, quando foi a 84.914,11 pontos.
Na última sexta (21), o dólar havia caído 1,15% e a Bolsa subido 0,5%. Os mercados ficaram fechados nos dias 24 e 25 por conta do Natal.
Saiba mais: Ibovespa abre em queda nesta quarta-feira
Cenário interno
No cenário doméstico, o baixo volume de negociação ofuscou a atuação do Banco Central brasileiro. O BC vendeu US$ 2 bilhões com compromisso de recompra no sexto leilão em dezembro. A finalidade é aumentar a oferta de dólar no mercado em um momento de tradicional saída de recursos do País. A soma do leilão no mês chega a US$ 7 bilhões.
Cenário externo
Os investidores acompanharam os desdobramentos políticos gerados pelo presidente americano Donald Trump há alguns dias. Enquanto negocia os termos de um acordo com a China para encerrar uma disputa comercial, Trump chegou a discutir com o presidente do banco central americano, o Fed (Federal Reserve), Jerome Powell. Voltou a atacá-lo, inclusive, na véspera do Natal. O presidente disse que o banco central era o “único problema” da economia americana.
Outro fator externo para a alta do dólar foi também causado por Donald Trump. O republicano insistiu que o Orçamento aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos incluísse a verba para a construção de um muro na fronteira com o México. O impasse na aprovação da verba extra levou a um shutdown, a paralisação das atividades do governo americano.
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