O câmbio do dólar começou esta terça-feira (16) operando em alta no mercado nacional, somando a valorização dos rendimentos de Treasuries e da moeda americana ante demais rivais do Índice DXY e emergentes ligadas a commodities.
No Brasil, o investidor ainda avalia os dados de volume de serviços prestados no País, divulgado na manhã desta terça-feira (16) e monitora as negociações em torno de um acordo sobre a reoneração da folha de pagamentos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negociam uma transição para o fim da desoneração da folha de pagamentos que dê tempo de adaptação aos 17 setores hoje atendidos pelo programa.
O volume de serviços prestados subiu 0,40% em novembro ante outubro, abaixo da mediana projetada pelo mercado (+0,50%). Na comparação com novembro de 2022, houve recuo de 0,30% em novembro, já descontado o efeito da inflação.
A taxa acumulada no ano – que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior – foi de alta de 2,70%. No acumulado em 12 meses, houve alta de 3,00%, ante avanço de 3,60% até outubro. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 0,60% em novembro ante outubro. Na comparação com novembro de 2022, houve avanço de 4,90% na receita nominal.
Cotação do dólar, euro e mais moedas
O dólar à vista registrou máxima intradia a R$ 4,9054 (+0,81%) no mercado à vista, puxado pelo exterior. Lá fora, o índice DXY do dólar, que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes, acelerou ganhos nas últimas horas à medida que o euro se enfraqueceu na esteira de comentários de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) mais favoráveis a cortes de juros, caso de Mario Centeno e de François Villeroy de Galhau.
Mais cedo, as moedas europeias, como euro e libra, foram pressionadas ante o dólar por dados da região. A inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da Alemanha subiu 3,7% em dezembro, de 3,2% de novembro, em linha com o esperado. Já a taxa de desemprego do Reino Unido segue na mínima histórica de 4,2% no trimestre até novembro de 2023, mas o salário semanal médio desacelerou para avanço anual de 6,6% ante o ganho de 7,2% registrado no trimestre até outubro, aumentando as chances de eventual relaxamento monetário por parte do Banco da Inglaterra (BoE), o que ajuda a enfraquecer a libra.
Os agentes de câmbio olham ainda a valorização do petróleo e sinais do primeiro-ministro da China, Li Qiang, de que o PIB do país cresceu 5,2% em 2023, pouco acima da meta oficial de 5%, que servem de contraponto à alta da moeda americana. O governo chinês deve publicar o resultado do PIB do quarto trimestre, da produção industrial e das vendas no varejo de dezembro na noite de hoje (23h).
Com o retorno dos mercados americanos após o feriado do dia de Martin Luther King, a corrente de comércio pode se normalizar, bem como a liquidez nos negócios.
Na agenda do dia, são esperados ainda nos EUA o índice de atividade industrial Empire State (10h30) e comentários do diretor do Federal Reserve Christopher Waller (13h).
Às 9h38 desta terça, a cotação do dólar à vista subia 0,68%, a R$ 4,8994. O dólar para fevereiro ganhava 0,91%, a R$ 4,9085.
Com informações de Estadão Conteúdo.