O dólar renovou máxima a R$ 5,2502 no mercado à vista há pouco. Além de precificar a leve valorização externa, a moeda americana ganha suporte na piora geral de percepção sobre o Brasil — principalmente do investidor estrangeiro, por causa do aumento do risco fiscal e da crise política institucional, como disse ao jornal Estado de S.Paulo um diretor de uma instituição, que não quer ser identificado.
Por volta das 15h, o dólar tinha leve alta de 0,05%, a R$ 5,22.
A fonte do Estadão, que participou na madrugada de hoje de videoconferência com investidores estrangeiros, afirmou que a imagem do País lá fora é de desconfiança sobre a governabilidade e o futuro político, diante da postura de ataque permanente do presidente da República, Jair Bolsonaro, aos demais poderes e governadores, contra o uso das urnas eletrônicas nas eleições.
Também há decepção generalizada entre esses investidores com o ministro da Economia, Paulo Guedes, relatou a fonte.
“A visão é de que Guedes virou marionete, como já eram vistos também os demais ministros no exterior”, afirmou a fonte. “Um estrangeiro chamou atenção ainda para possível necessidade de aplicação de terceira dose das vacinas contra covid-19 para tentar conter a cepa Delta, entre outras, gerando mais gastos aos países e dificultando ainda mais a retomada das economia em geral”, acrescentou.
Nesse contexto, a fonte afirma ainda que, com as altas esperadas para a Selic, o mercado deveria estar atraindo capitais. Mas, com o aumento do risco país e das incertezas políticas, o volume de entradas é pequeno e insuficiente para enfraquecer o dólar.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (11), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,47%, negociado a R$ 5,22.
(Com informação do Estadão Conteúdo)
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