Dólar recua 1,3% com alívio na inflação local e apetite por risco lá fora

O dólar opera em baixa em meio ao apetite por ativos de risco no exterior, que apoia rali nas bolsas, alta de juros dos Treasuries e queda do dólar ante pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities.

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Às 10h30 desta terça, o dólar à vista caía 1,66%, a R$ 4,97. O dólar futuro para junho caía 1,31%, a R$ 5,01.

” O Bruno Serra, do Banco Central, acha que o cenário cambial é de acomodação, mais favorável neste momento (à apreciação). Acha também que o comportamento do câmbio está mais ligado ao lockdown na China do que ao juro nos EUA”, informou o relatório da Mirae Asset.

A desaceleração maior do IGP-10 ajuda a sustentar também o alívio no câmbio e corrobora com o cenário de que o ciclo de aperto da Selic não deve ir além de 13,5%, após as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, que disse na segunda-feira, 16, que “a taxa de juros parada por mais tempo é melhor, mas nem sempre possível”. A Selic está atualmente em 12,75% ao ano.

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) arrefeceu a 0,10% em maio, após ter aumentado 2,48% em abril, dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,51% a uma alta de 0,45%, mas inferior à mediana positiva de 0,22%. O recuo no custo da energia elétrica, devido ao fim da cobrança extra sobre as contas de luz decorrente do acionamento da bandeira tarifária de Escassez Hídrica, puxou a desaceleração no IGP-10.

Outros dois indicadores de preços também desaceleraram. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 1,04% na segunda quadrissemana de maio, ante ganho de 1,33% observado na primeira quadrissemana deste mês, de acordo com dados publicados nesta terça-feira (17), pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). E o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) cheio desacelerou de 0,83% para 0,41% entre a primeira e a segunda leituras deste mês.

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Em Nova York, os índices futuros operam em alta de mais de 1% nesta manhã, sugerindo firme recuperação de perdas recentes, apesar de dúvidas sobre a aquisição do Twitter por Elon Musk e o balanço trimestral pior do que esperado do Walmart, fatores que derrubam as ações das empresas nos negócios do pré-mercado.

Logo mais, investidores vão acompanhar dados de vendas no varejo e de produção industrial dos EUA, além de falas dos presidentes do Fed, Jerome Powell (15h), do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde (14h), e de dirigentes do Fed: James Bullard, de St Louis (9h); Neel Kashkari, de Minneapolis (13h30); Loretta Mester, de Cleveland (15h30); Charles Evans, de Chicago (19h45).

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira (16), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,11%, negociado a R$ 5,05.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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