O dólar opera em queda na manhã desta quarta-feira (01), alinhado ao ajuste de baixa ante outras moedas emergentes pares do real no exterior.
O índice DXY, que compara o dólar ante seis divisas principais, passou a cair após a divulgação do relatório de empregos da ADP, nos Estados Unidos.
O documento indicou a criação de 374 mil vagas no setor privado dos EUA em agosto. Valor bem abaixo da previsão de analistas, que era de 600 mil empregos.
Com isso, às 9h50 desta quarta, o dólar à vista caía 0,41%, a R$ 5,1509. O dólar futuro para outubro cedia 0,14%, a R$ 5,1710, após abrir em alta e registrar máxima a R$ 5,1850.
O dado da ADP eleva as expectativas em relação ao”payroll” americano, que sai nesta sexta-feira, dia 03. O resultado do “payroll” é considerado crucial pelo Federal Reserve para embasar as avaliações sobre o início do processo de redução das compras de ativos (“tapering“) ainda neste ano.
Isso porque, o Fed tem metas de pleno emprego e avanço da economia americana antes de retirar os estímulos criados em meio a pandemia do coronavírus.
Também influencia na cotação do dólar hoje a divulgação do PIB do Brasil. A economia brasileira desacelerou para 0,1% no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro. O dado veio abaixo da mediana de alta de 0,2% esperada pelos economistas.
Na comparação anual, o PIB cresceu 12,4% no segundo trimestre, também abaixo da mediana de 12,8% das estimativas (10,5% a 13,6%).
Às 10:45, o dólar comercial à vista operava em queda de 0,38%, valendo R$ 5,152 frente ao real.
Os investidores olham ainda declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele afirmou, em audiência na Câmara, que o BC precisa ser duro e deixar claro que vai seguir a meta de inflação no horizonte e que o a instituição deve revisar um pouco para baixo a projeção do PIB de 2021.
Cotação do dólar no dia anterior
O dólar encerrou as negociações de terça-feira (31) em queda de 0,34% frente ao real, valendo R$ 5,172 na venda.
Com informações de Estadão Conteúdo.