O dólar retomou queda intradia e renovou mínima aos R$ 5,0595 (-0,40%) no mercado à vista no fim da manhã desta quinta-feira (26). No meio da tarde, a moeda americana operava estável a 0,01% de queda, cotada a R$ 5,079.
Profissionais de mesas de operação afirmam que o dólar reage a ingressos de fluxo cambial em dia de alta de commodities e após dados americanos de atividade melhores que o esperado, que sugerem desaceleração da economia americana em vez de recessão, mas não alteraram as apostas em alívio no aperto de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na próxima semana.
“A correção de alta do dólar no exterior hoje não representa mudança de tendência”, disse um operador.
Logo na abertura o mercado de câmbio acompanha a valorização do dólar e dos retornos dos Treasuries no exterior.
Também ajusta posições em meio a expectativas por novos dados de atividade americanos, como a primeira leitura do PIB dos EUA do 4º trimestre.
Na abertura, dólar subiu
No exterior, o Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) enfatizou que pretende deixar inalterada sua atual política monetária ultra-acomodatícia, inclusive o chamado “controle da curva de juros“, segundo Sumário de Opiniões de sua reunião de 17 e 18 de janeiro, publicado nesta quinta-feira.
Pela política de “controle da curva de juros“, o BoJ permite que o rendimento do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos oscile entre -0,5% e 0,5%.
Já o juro de curto prazo do BoJ é negativo, em -0,1%. Ainda no comunicado, o BoJ cita a pressão de alta que o juro do JGB de 10 anos tem sofrido e “distorções na curva de juros” que “não se dissiparam”, desde que a faixa de oscilação foi ampliada, em dezembro.
Até meados do mês passado, o BoJ permitia que o juro do JGB variasse dentro de margem mais estreita, de -0,25% a 0,25%.
Nesse contexto, na abertura às 9h33, o dólar à vista subia 0,46%, a R$ 5,1024. O dólar fevereiro tinha alta de 0,55%, a R$ 5,1070.
Com Estadão Conteúdo