Dólar fecha em queda mesmo com forte crescimento do PIB dos EUA

O dólar encerrou em queda de -0,243 nesta sexta-feira (26), Apesar de ter começado a operar em alta na abertura do dia,  atingindo um valor de R$ 3,785, a moeda norte-americana terminou o dia em queda. 

Entre as notícias que mais influenciaram o andamento da cotação do dólar está o crescimento expressivo do PIB dos Estados Unidos, além do resultado das contas públicas brasileiras e a nova avaliação do Nubank. 

PIB dos EUA cresce 2,1% no 2º tri e supera as previsões

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anualizada de 2,1% no segundo trimestre de 2019. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Departamento do Comércio de Washington.

Esse resultado foi superior as previsões dos analistas ouvidos pela Bloomberg, que indicavam crescimento anualizado de 1,8%. No primeiro trimestre de 2019, o PIB dos EUA também cresceu mais das previsões, alcançando uma taxa anualizada de 3,1%.

Saiba mais: PIB dos EUA cresce 2,1% no 2º tri e supera as previsões de 1,8% 

Entretanto, esse resultado foi uma desaceleração em relação ao crescimento anualizado da economia norte-americana de 3,1% registrado no primeiro trimestre deste ano.

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Entre os dados que levaram para esse resultado, o consumo pessoal aparece como a maior alta, com uma expansão de 4,3%. A previsão era de uma expansão de 4%. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) cresceu à taxa anualizada de 2,3%. Também uma aceleração significativa em relação à alta observada no primeiro trimestre, que foi revisada de 0,5% para 0,4%.

Contas públicas registram déficit de R$ 28,9 bi no 1º semestre de 2019

As contas públicas registraram déficit primário de R$ 28,924 bilhões no primeiro semestre deste ano. A informação foi divulgada nesta sexta pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Saiba Mais: Contas públicas registram déficit de R$ 28,9 bi no 1º semestre de 2019

Apesar do resultado, o déficit das contas públicas é inferior ao registrado no primeiro semestre de 2018, quando foi de R$ 31,593 bilhões. Somente em junho deste ano, o saldo deficitário somou R$ 11,481 bilhões ante R$ 16,380 bi no mesmo período de 2018.

O valor obtido pelas contas do governo é consequência dos resultados do Tesouro Nacional, do Banco Central (BC) e da Previdência Social. Assim, o Tesouro e o BC somaram o valor positivo de R$ 66,1 bilhões no semestre. Por outro lado, a Previdência registrou déficit de R$ 95 bilhões.

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“Os benefícios previdenciários são o maior componente das despesas obrigatórias, o que reitera a importância da aprovação da reforma da Previdência que está sendo apreciada pelo Congresso”, diz a Secretaria do Tesouro.

Nubank será avaliado em mais de US$ 10 bi em nova rodada, diz WSJ

O Nubank deverá superar os US$ 10 bilhões (cerca de R$ 38 bilhões) em valuation. Segundo o jornal norte-americano “The Wall Street Journal”, esse valor deveria ser alcançado graças a uma nova rodada de investimentos. Na operação, o unicórnio brasileiro deverá obter mais de US$ 400 milhões.

Saiba mais: Nubank será avaliado em mais de US$ 10 bi em nova rodada, diz WSJ 

Segundo o WSJ, esses números significam um aumento quase exponencial do valor do Nubank em apenas um ano e meio. No ano passado, a fintech tinha realizado duas rodadas de investimentos. Na primeira, tinha captado US$ 150 milhões, com uma avaliação de US$ 2 bilhões. Naquela ocasião os fundos DST e Sequoia tinham sido os destaques entre os investidores.

Na segunda rodada, realizada em outubro, o banco obteve US$ 180 milhões e uma avaliação de US$ 4 bilhões. Nessa ocasião, o maior acionista do Nubank se tornou a Tencent. Dos US$ 180 milhões obtidos, metade foi para o caixa da companhia, enquanto a outra metade permitiu a saída de acionistas.

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Graças a essa última rodada, o Nubank se tornou a empresa de tecnologia não-listada em Bolsa de Valores mais valiosa da América Latina. E essa posição deveria ser mantida caso a nova rodada seja confirmada.

Última cotação do dólar

Na última sessão, na quinta-feira (25), o dólar encerrou em alta 0,358% cotada a R$ 3,7819.

Carlo Cauti

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