Dólar tem queda de 0,45%, a R$ 5,59, após aprovação da PEC em 1º turno

O dólar tem queda nesta quinta-feira (4) após a aprovação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial.

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Por volta das 10h40, o dólar tem queda de 0,45%, negociado a R$ 5,5951. Após a véspera turbulenta, quando durante o dia chegou a ser negociado a R$ 5,73, o mercado apresenta alívio com a tramitação da PEC do auxílio emergencial.

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O Senado aprovou, em primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, formulada para destravar uma nova rodada do auxílio emergencial e acionar medidas de contenção de gastos no futuro.

Foram 62 votos favoráveis e 16 contrários. Os senadores ainda vão analisar alterações no texto e votar a medida em segundo turno. Depois, a proposta vai para a Câmara dos Deputados.

A votação ocorreu após uma articulação de líderes do Senado para retirar as despesas do Bolsa Família, calculadas em R$ 34,9 bilhões, do teto de gastos neste ano. A tentativa causou reação negativa da equipe econômica e do mercado financeiro e foi chamada de “balão de ensaio” do Senado nos bastidores.

Agora, a negociação é usar a economia de recursos do orçamento do Bolsa Família nos quatro meses de concessão do auxílio para reforçar o programa no segundo semestre.

Títulos dos EUA

Já no cenário internacional, os investidores observam a guinada das Treasuries, títulos do Tesouro norte-americano, que tiveram seus rendimentos elevados nas últimas semanas.

O aumento das notas de 10 anos indicam que os investidores estão avessos ao risco, perdendo o apetite por ativos com maior incerteza, sobretudo empresas de alto crescimento e de tecnologia. No caso de um aumento nas taxas de juros referenciais pelo Fed, o custo de capital dessas empresas se tornaria maior.

Nesse sentido, segundo o jornal The Wall Street Journal, gestores de recursos norte-americanos acreditam que os juros podem ser elevados pela autoridade monetária antes do previsto inicialmente. Para eles, o novo pacote de estímulos na ordem de US$ 1,9 trilhão que está em vias de ser aprovado pelo Senado deve impulsionar a pressão inflacionária.

Para o Fed, mesmo que haja um aumento nos preços no curto prazo, as expectativas de longo prazo ainda estão sob controle. O representante do BC norte-americano irá se pronunciar hoje.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (3), o dólar encerrou o pregão em leve queda de 0,03%, negociado a R$ 5,66.

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Poliana Santos

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