Dólar opera em queda com cenário externo no radar
O dólar inicia esta quinta-feira (7) em queda com assuntos internacionais movimentando a moeda norte-americana.
Por volta das 9h40, o dólar registrava variação de -0,74% sendo negociado a R$ 4,051. O mercado está reagindo positivamente ao acordo entre a China e os Estados Unidos sobre a retirada de tarifas ao assinar a “fase 1” do tratado.
Os investidores internacionais estão atentos a redução de expectativa de crescimento da economia da zona do euro. Além disso, o megaleilão do pré-sal alcançou apenas 70% do esperado.
EUA e China
O Ministério do Comércio da China informou que o país asiático e os Estados Unidos concordaram em remover as atuais tarifas impostas a importações um do outro em etapas.
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“Isso foi o que (os países) concordaram fazer, após negociações cuidadosas e construtivas nas duas últimas semanas. A guerra comercial começou com o aumento de tarifas e deverá terminar com a remoção de todas as tarifas”, porta-voz do ministério, Gao Feng.
Se o acordo “fase 1” for assinado ambas as nações retirarão simultaneamente as tarifas.
Economia da zona do euro
De acordo com as previsões da Comissão Europeia, a economia da zona do euro crescerá menos que o previsto para este ano e em 2020. O Produto Interno Bruto (PIB) dos países crescerá 1,1% em 2019 e 1,2% no próximo ano. Desse modo, as expectativas foram reduzidas em 0,1 e 0,2 ponto respectivamente.
“A Economia europeia parece caminhar para um período prolongado de crescimento mais lento e de inflação muito baixo. O entorno é muito menos favorável e a incerteza é alta”, informou a comissão em comunicado.
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A incerteza faz referência “aos conflitos comerciais, ao aumento das tensões geopolíticas, à persistente fragilidade do setor manufatureiro e ao Brexit”, disse o comissário europeu Valdis Dombrovskis.
Além disso, os investidores internacionais estão aguardado a decisão do Comitê de Política Monetária (MPC) do Banco da Inglaterra sobre juros.
Megaleilão
O leilão do excedente da cessão onerosa do pré-sal, realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na última quarta-feira (6), arrecadou R$ 69,9 bilhões, montante menor do que os R$ 106,5 bilhões que o governo federal pretendia arrecadar na oferta.
A diferença entre expectativa e realidade ocorreu graças a falta de interessados em arrematar os campos de Sépia e Atapu. A expectativa era que 14 petroleiras teriam interesse no leilão da cessão onerosa, mas sete apareceram e apenas três fizeram propostas.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (6), o dólar encerrou o pregão em alta de 2,219%, vendido a R$ 4,0818.