Dólar inicia a semana em queda; guerra comercial, Focus e greve dos caminhoneiros no radar

O dólar abre a semana, nesta segunda-feira (16), com uma leve queda. O mercado internacional reage positivamente ao cumprimento do acordo entre China e Estados Unidos na primeira fase da guerra comercial.

Por volta das 9h19, o dólar variava negativamente a 0,426% sendo negociado a R$ 4,0906. Além disso, o Boletim Focus divulgado nesta segunda segue no radar.

Os investidores seguem atentos à possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros.

Guerra comercial

A China decidiu suspender as tarifas alfandegárias sobre produtos norte-americanos que deveriam ser implementadas no último domingo (15).

De acordo com o governo chinês, a decisão veio após os Estados Unidos e a China firmarem a “fase um” de um acordo comercial. No entanto, as tarifas chinesas que já passaram a incidir sobre os produtos norte-americanos serão mantidas.

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“A China espera, com base na igualdade e no respeito mútuo, trabalhar com os EUA para resolver adequadamente as preocupações de cada um e promover o desenvolvimento estável das relações econômicas e comerciais dos EUA e da China”, informou o Ministério das Finanças da China.

Os asiáticos confirmaram na última sexta-feira (13) o acordo comercial com os Estados Unidos, após 19 meses de negociações na guerra comercial. Wang Shouwen, vice-ministro do Comércio da China, afirmou em uma entrevista coletiva em Pequim que ambas as partes alcançaram “progressos significativos” na guerra comercial.

Boletim Focus

Os especialistas das 100 principais instituições financeiras do mercado brasileiro, que colaboram com a elaboração do Boletim Focus, alteraram, pela terceira semana seguida, a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.

Segundo as previsões dos profissionais no Boletim Focus, ao final de 2019, a economia brasileira terá crescido 1,12% em 12 meses. Há três semanas, a previsão era de um crescimento de 0,92%.

Saiba mais: Boletim Focus eleva previsão do PIB para 1,12% em 2019

Quanto à previsão do PIB para o ano que vem, os especialistas, pela sexta semana consecutiva, elevaram a previsão de crescimento. A alta estimada é de 2,25% ao fim de 2020. Duas semanas atrás, a previsão era um pouco menor, de 2,17%.

Além disso, os economistas elevaram previsão da inflação medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano pela sexta semana seguida. Segundo eles, ao final de 2019, o aumento dos preços será de 3,86% em 12 meses. Há duas semanas, a estimativa era de 3,33%.

Greve dos caminhoneiros

Os caminhoneiros estão ameaçando uma paralisação no País nesta semana. Entre os intuitos da greve, a classe reivindica o reajuste do piso mínimo do frete. A mobilização tem apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas (CNTTL).

A greve, no entanto, ainda não teve início por conta de não haver um acordo entre parte dos caminhoneiros. Enquanto determinados grupos apoiam a paralisação, outros são contra o movimento.

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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou na última sexta-feira (13) que sinais de eventual greve são movimentos isolados que não têm e não terão adesão da categoria. Para ele, os profissionais perceberam que o ministério está aberto para o diálogo.

“Os caminhoneiros têm meu telefone pessoal. Estou em vários grupos de WhatsApp. Eles têm tido paciência grande, aguardando nossas ações”, afirmou o ministro.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou o pregão com uma alta de 0,474%, cotado a R$ 4,111.

Jader Lazarini

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