Dólar abre próximo da estabilidade com disputa comercial e Brexit
O dólar abre esta terça-feira (15) com uma leve queda. A variação da moeda norte-americana está sensível aos novos episódios da guerra comercial, negociações para o Brexit e desdobramentos do megaleilão de petróleo.
Por volta das 9h20, o dólar registrava queda de 0,048%, cotado a R$ 4,1258. Os mercados internacionais estão observando o comportamento de Pequim após as negociações da última semana.
Além disso, segue no radar dos investidores novidades sobre a possível conclusão do Brexit e o leilão de petróleo.
Disputa comercial
De acordo com a agência de noticias “Bloomberg”, a China pretende realizar novas conversas com os EUA antes de fechar o acordo parcial anunciado na última semana. Os mercados internacionais operam de forma distinta devido aos receios existentes sobre o acordo comercial entre Pequim e Washington.
Os asiáticos buscam evitar que uma nova rodada de elevação das tarifas ocorra no final do ano, no dia 15 de dezembro, como programado pelos estadunidenses anteriormente durante a guerra comercial.
Nesta terça, os resultados corporativos nos EUA também são destaque e podem influenciar o fluxo da moeda norte-americana.
Antes da abertura da Bolsa de Nova York, serão divulgados os balanços de J.P. Morgan, Goldman Sachs, Citigroup e Wells Fargo.
Negociações entre Reino Unido e UE
Programado para acontecer no dia 31 de outubro, o Brexit voltará a ser discutido entre a União Europeia e o Reino Unido acerca de um acordo.
A CNBC relatou que um acordo de transição ameno pode ocorrer, com parlamentares do bloco europeu oferecendo mais concessões ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
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Na última segunda-feira (14), a Rainha Elizabeth II declarou que a saída do Reino Unido da UE em 31 de outubro é a prioridade do governo britânico. A afirmação foi realizada na tradicional sessão de abertura do Parlamento.
Megaleilão
Waldery Rodrigues Junior, secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, disse ao jornal “O Estado de S.Paulo”, ser “imprescindível” que o Congresso acelere a votação de projetos para possibilitar a divisão dos recursos do maior leilão da commodity do mundo com estados e municípios, além do pagamento à Petrobras (PETR3; PETR4).
Segundo ele, vencer este processo é importante para trazer segurança jurídica para o leilão do petróleo, que está marcado para 6 de novembro. O governo espera arrecadar R$ 106,5 bilhões.
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Rodrigues Junior afirmou que o Congresso precisar aprovar dois projetos para viabilizar a disputa:
- Para abrir caminho no Orçamento para o pagamento à Petrobras por investimentos já realizado na região
- Repasse da captação dos recursos aos representantes dos estados e municípios
Na última segunda, o Ministério da Economia anunciou a liberação de R$ 7,268 bilhões no Orçamento deste ano.
Última cotação do dólar
Na última sessão, na segunda-feira (14), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,808% negociado a R$ 4,1285.